20 de junho de 2024

Santa Casa de Piedade alega que profissionais estavam fazendo ‘pausa para alimentação’ e que os pacientes já haviam sido atendidos, aguardando apenas reavaliação

O prefeito Geraldo Pinto de Camargo Filho (MDB), da cidade de Piedade, na região de Sorocaba, publicou vídeo nas redes sociais em que mostra médicos deitados e descansando, enquanto a fila de espera está grande por falta de médico para atender.

No vídeo, o prefeito alega que os médicos estariam “dormindo”, mas não é possível confirmar apenas nas imagens. O mandatário alegou que pacientes relataram que estavam aguardando atendimento para consulta e exames por mais de quatro horas no domingo.

Na gravação, Geraldo ainda diz que a prefeitura “paga a saúde em dia”, critica a suposta “política partidária” do hospital e alega que a situação é recorrente. “Parece coisa política, pois todos estão na sala”, afirmou.

Em nota publicada nas redes sociais, o hospital informou que os valores contratuais pagos pela prefeitura “já não correspondem à realidade do hospital”.

“Apenas no mês de abril deste ano, 10.813 pessoas passaram por nosso SUS, enquanto a prefeitura nos paga para 9 mil atendimentos por ano”, diz a nota.

Com relação ao vídeo, o hospital explicou que a prefeitura paga pela contratação de três médicos: um para emergência e dois para pronto atendimento. E que, no dia em questão, havia um profissional acompanhando a transferência de um paciente e os outros dois médicos estavam fazendo uma “pausa para alimentação”, há pouco tempo, na sala de descanso.

“Trata-se de um direito concedido aos plantonistas em qualquer outro hospital”, destacou a entidade, que ainda alegou que os pacientes que aparecem no vídeo já haviam sido “devidamente atendidos, examinados e medicados”. “No momento do vídeo, eles aguardavam pela reavaliação”, explicou.

“Não há nada fora da normalidade, da moralidade e, muito menos, da legalidade”, informou a Santa Casa. “O que houve, na verdade, foi um ataque político à nossa instituição e aos profissionais que nela trabalham.”

Confira a nota na íntegra da Santa Casa de Piedade:

“Somos uma entidade filantrópica que presta serviços ao município, provendo atendimento à população por meio do SUS. Relação essa que dura vários anos, passando por diversas gestões e – na maioria das paga para 9 mil atendimentos por ano. Em paralelo a isso, a entidade arca com todas as despesas de manutenção, dissídios salariais e demais custos inerentes à operação do hospital. Para suprir a demanda, reinvestimos no SUS todos os recursos obtidos por meio de procedimentos particulares e a convênios.

Estamos, desde 2022, sem qualquer tipo de reajuste. A atual gestão prometeu mais de uma vez atualizar os valores hoje praticados. Tal compromisso nunca foi cumprido. Além disso, o atual executivo vale-se de estratégias para desgastar financeiramente a Santa Casa. Repasses são realizados na última hora e sempre mediante muita pressão. Atitude jamais praticada por nenhum outro governante.

Não temos ‘lados políticos’. Somos uma instituição voltada à filantropia e ao bem-estar da população. Ainda assim, não podemos mais negar e ignorar os dissabores provocados pelos representantes do executivo.

Sobre o vídeo, é preciso esclarecer a verdade por trás da narrativa. O Poder Público nos paga pela contratação de três médicos: um para emergência e dois para o Pronto Atendimento. Na data dos fatos, havia um médico acompanhando transferência – procedimento obrigatório em casos de remoção de pacientes de alta complexidade. Já os profissionais que estavam na área denominada ‘descanso’ não estavam ali há muito tempo e haviam feito uma pausa para alimentação. Trata-se de um direito concedido aos plantonistas em qualquer outro hospital.

Acerca dos pacientes mostrados no vídeo, todos que estavam no corredor já haviam sido devidamente atendidos, examinados e medicados. No momento do vídeo, eles aguardavam pela reavaliação. Logo, não há nada fora da normalidade, da moralidade e, muito menos, da legalidade. O que houve, na verdade, foi um ataque político à nossa instituição e aos profissionais que nela trabalham.

Mais eficaz do que vídeos em tom bombásticos e cuidadosamente pensados para mexer com a emoção das pessoas, seria o Poder Público tomar medidas que, de fato, proporcionariam melhoria inquestionável no atendimento. Para ficar em dois exemplos:

Atualizar os valores previstos em contrato;

Fazer uma pactuação que permita à Santa Casa aumentar o número de médicos disponíveis para a população;

Essas são medidas concretas, que vão muito além da esfera do marketing e comunicação em rede social.

Por fim, reiteramos que a Santa Casa reafirma aqui seu único e exclusivo compromisso para com a população de Piedade.”

Fonte: Revista Oeste

Um jovem de 28 anos foi preso na noite de quarta-feira (19/06), acusado de tentar matar seu próprio pai com um golpe de facão. O incidente ocorreu na Rua Antonio Trombini e, segundo relatos, o motivo da agressão teria sido uma discussão sobre um litro de pinga.

Os policiais militares Cabo Fonseca e Cabo Cassemiro, lotados no destacamento da polícia militar de Canitar (SP), foram acionados para atender a ocorrência após receberem informações de que um indivíduo havia dado entrada no Pronto-Socorro (PS), vítima de um golpe de facão desferido por seu filho.

No PS, os policiais mantiveram contato com a vítima Heleno J. dos S., de 59 anos, que passava por um procedimento de sutura no joelho direito. Ele relatou que a agressão ocorreu após uma discussão com seu filho, Alex J. dos S., por causa de um litro de pinga. Durante a briga, Alex teria pegado um facão e ameaçado o pai, dizendo “eu vou cortar você no meio”, e em seguida desferiu o golpe. Heleno conseguiu se esquivar, evitando ferimentos mais graves.

A equipe policial se dirigiu ao local dos fatos e encontrou Alex limpando o local com água, apesar de ainda haver vestígios de sangue no chão. O facão utilizado na agressão foi encontrado encostado na junção entre duas paredes do quarto. Questionado sobre o ocorrido, Alex inicialmente admitiu que havia brigado com seu pai, mas quando perguntado especificamente sobre o facão, respondeu apenas “não sei” e começou a desconversar com falas desconexas.

A perícia foi acionada para o local, onde procedeu ao recolhimento do facão. O caso foi apresentado no Plantão Policial, e a vítima foi encaminhada ao Instituto Médico Legal (IML) local para a realização de exame de corpo de delito, com a expedição do respectivo laudo.

Diante do relato da vítima de que seu filho tentou matá-lo e considerando que o golpe poderia ter sido fatal se atingisse uma artéria, Alex foi autuado em flagrante por tentativa de homicídio, conforme o artigo 121, combinado com o artigo 14, inciso II, do Código Penal Brasileiro. Alex permanecerá recolhido no Plantão Policial até a audiência de custódia.

Durante o procedimento, Alex não foi assistido por um defensor e não indicou nenhuma pessoa para ser informada sobre sua prisão. Foi expedida uma requisição cautelar ao IML. O caso chocou os moradores de Canitar, uma cidade geralmente tranquila, e levantou questões sobre o consumo excessivo de álcool e a violência doméstica.

Fonte: Passando a Régua

Uma mulher de 30 anos foi estuprada no Hospital Reluzir, em Camaragibe, na região metropolitana de Recife, onde estava internada para tratar depressão e dependência de drogas em novembro de 2023. A vítima, mesmo sob efeito de remédios, estava consciente no momento do abuso, conforme informado pela advogada Maria Eduarda Albuquerque ao Jornal do Commercio após a repercussão do caso, na última terça-feira (18/06).

Câmeras de segurança registraram o abuso, mostrando a movimentação do funcionário uniformizado, cuja ação durou cerca de três minutos. A mulher estava internada no hospital havia quatro dias quando o crime foi registrado. Após o ocorrido, ela foi transferida para outro hospital, informou a advogada.

A família da vítima só foi informada do crime dois dias depois. “Era para eles terem chamado a polícia. Demorou muito, o que acabou livrando o autor do flagrante”, afirmou Maria Eduarda. A Polícia Civil de Pernambuco informou que o pedido de indiciamento do segurança pelo crime de estupro foi encaminhado ao Ministério Público no início de junho.

O Hospital Reluzir afirmou em nota que o funcionário foi desligado imediatamente após a descoberta dos fatos e que os dados do suspeito foram entregues à polícia. Segundo o hospital, a instituição tomou conhecimento do abuso no dia 18 de novembro e registrou um boletim de ocorrência no mesmo dia.

Fonte: DCM