Entidades do setor rural e representantes das administrações municipais estão unidos na criação de um Centro de Controle voltado ao monitoramento e combate de incêndios na região. O assunto foi discutido na sexta-feira passada em Assis em reunião na sede da Associação Rural dos Fornecedores e Plantadores de Cana do Vale do Paranapanema (Assocana).
A iniciativa conta com a parceria do Civap – Consórcio Intermunicipal do Vale do Paranapanema -, presidido pelo prefeito Luis Gustavo Mendes Moraes, que esteve presente acompanhado de Fabiano dos Santos, coordenador da Defesa Civil de Palmital. Bruno Garcia Moreira, presidente da Assocana, estava acompanhado dos diretores Walter Luiz Rodrigues Martinho e Eduardo Simprini.
Representando o Civap também participaram membros da Câmara Técnica de Defesa Civil e a gerente de projetos Jéssica Diniz. Com o objetivo de tratar de estratégias conjuntas voltadas à prevenção e combate a incêndios no Vale Paranapanema, foi feito o alinhamento de ações colaborativas, especialmente no contexto do período de estiagem, quando os riscos de queimadas se intensificam.
De acordo com a Assocana, a proposta visa um sistema integrado de atuação preventiva e resposta rápida a focos de incêndio. A iniciativa reforça o compromisso do setor rural em colaborar com ações que promovam a segurança no campo, minimizem prejuízos causados por incêndios e fortaleçam a atuação conjunta entre produtores, municípios e entidades regionais.
Bruno Garcia destacou a importância da integração dos órgãos regionais para garantir a devida atenção e prevenção às queimadas que ameaçam anualmente a cultura canavieira e a atividade rural na região. “Sabemos dos desafios enfrentados durante o período de estiagem e da importância de termos um sistema eficaz, capaz de antecipar ocorrências e apoiar o combate com agilidade. Essa união de esforços é fundamental”, destacou o presidente da Assocana.
Estado de SP alerta para risco de incêndios devido à baixa umidade do ar
A Defesa Civil emitiu um alerta no início desta semana para os riscos à saúde e à possibilidade de aumento de queimadas no Estado de São Paulo. A situação foi motivada pelos níveis críticos de Umidade Relativa do Ar (URA), com valores inferiores a 30% em boa parte do território paulista, índices considerados perigosos à saúde humana, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
De acordo com dados do Centro Integrado de Informações Agrometeorológicas (Ciiagro), órgão do governo do Estado que mantém estação automática no Horto Florestal Estadual de Sussuí, Palmital teve um final de semana muito seco. Na última sexta-feira, a umidade foi de apenas 22,8%. No sábado, foi de 24,3% e, no domingo, de 23,4%. A segunda-feira registrou 25,4% no período da tarde.
O IPMet/Unesp, que faz o monitoramento climático na área entre Bauru e Presidente Prudente, estima que esta semana em Palmital e região continuará muito seca, com o tempo esquentando até o próximo domingo, quando as temperaturas devem ficar entre 18°C e 32°C, com níveis de umidade entre 20% e 30%. A previsão é que, na próxima segunda-feira, o tempo mude e haja a ocorrência de chuvas.