Desforra da natureza

Depois de alguns milênios, ou de muitos milhares de anos de aproveitamento dos recursos naturais pelos humanos que dominaram o planeta e passaram a explora-lo em benefício próprio, a natureza ofendida, destruída, ignorada e usada como base para o desenvolvimento tecnológico, passa a responder na mesma moeda.

Desde nossos descendentes primitivos que esfregaram gravetos com as mãos para fazer fogo, até os combustíveis nucleares que servem para curar e também matar, toda energia necessária, cuja fonte primária é o sol, serve de matéria-prima para alavancar o progresso material que desconhece limites.

Águas represadas para produzir energia, ou poluídas e assoreadas para explorar minérios, terras contaminadas pelos pesticidas que garantem o aumento da produção agrícola, e o ar carregado de gases mortais que transformam a atmosfera em espaço de risco para a saúde e a vida, são exemplos do exagero da exploração dos recursos naturais.

E, o mais grave das contatações é que, apenas no último século o planeta foi mais poluído do que em toda a história da humanidade, indicando que todos os recursos disponíveis estão se exaurindo e que a lei do retorno começa a prevalecer de forma inexorável.

“…apenas no último século o planeta foi mais poluído do que em toda a história da humanidade…”

Contrariando os negacionistas que ignoram a ciência em defesa de teses absurdas para justificar a manutenção do modelo abusivo de exploração, cujo objetivo é apenas o lucro e o enriquecimento, a própria natureza passou a provar o que foi alertado pelos estudiosos acusados de catastrofistas.

As verdades indigestas e não aceitas por aqueles que sempre buscaram a desmoralização dos estudos científicos, agora aparecem impiedosas nas formas de calor, enchentes, destruição e mortes que assustam a todos, incluindo os descrentes na interferência da atividade do homem no meio ambiente.

Aumento de doenças em crianças e idosos, mais casos de infartos em jovens, limitação na realização de trabalhos ao ar livre e na prática de esportes, canteiros e jardins queimados, hortaliças e frutas prejudicadas e interferência no tempo de plantio e colheita de lavouras são os primeiros sinais da reação da natureza aos exageros cometidos.

Diante da presença da catástrofe anunciada, muitos ainda desejam perseguir a fórmula fracassada da exploração insana e inconsequente dos recursos ambientais que agora faz com que a natureza reaja em desforra e com a mesma violência que sofreu ao longo do tempo.

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Cláudio Pissolito

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