Advogado de Palmital é alvo de novo mandado de prisão por duplo homicídio

Polícia diz que Roberto foi determinante nos assassinatos por enviar histórico criminal dos jovens à facção

O advogado Roberto Luís de Oliveira (detalhe), preso em Sinop (MT) desde 12 de março, teve novo mandado de prisão cumprido na terça-feira (19/03)

Tanto o advogado palmitalense como os faccionados Robson Jardim e Tiago Telles tiveram novos mandados de prisão cumpridos na terça-feira (19), em Sinop, na Operação Veredicto. Eles são suspeitos de envolvimento em um duplo homicídio ocorrido em Itanhangá.

Assim, o advogado aderiu à conduta dos líderes e consentiu com o resultado da morte

Roberto foi preso na Operação Gravatas, apontado como chefe de um grupo jurídico que auxiliava Robson e Tiago, líderes de uma facção criminosa, a manter ativa a cadeia de tráfico de drogas no Estado.

Conforme a Polícia Civil, os assassinatos ocorreram em abril de 2022 e as vítimas dforam identificadas como Riquelme Souza Félix, 22 anos e Joel Pereira da Silva, 26 anos. 

Ambos não eram de Mato Grosso e estariam na cidade a trabalho, quando foram sequestrados por cinco integrantes da facção criminosa, dois deles adolescentes.

Enquanto eram mantidos reféns em uma mata, os executores realizaram ligação por vídeo aos líderes da facção, a fim de decidir se matariam ou não os jovens.

Durante o julgamento do chamado “tribunal do crime”, um dos líderes, então, entrou em contato com Roberto, para que ele pesquisasse o histórico criminal das vítimas.

Segundo a investigação, o advogado tinha conhecimento de que os dois jovens estavam sequestrados pela facção, e ainda assim atendeu à solicitação.

Após enviar as informações, Joel e Riquelme foram torturados e decapitados. Toda a ação foi gravada e em seguida enviada aos superiores dos faccionados.

Assim, o advogado aderiu à conduta dos líderes e consentiu com o resultado da morte, atuando à margem da lei e sem respeitar os princípios éticos que regem a entidade da categoria”, disse o delegado responsável pela investigação, Guilherme Pompeo.

Desaparecimentos e execuções

Riquelme e Joel foram dados como desaparecidos em 29 de abril, quando não apareceram na empresa de construção civil onde estavam trabalhando, em Tapurah.

A partir do registro do desaparecimento, a Polícia Civil iniciou as investigações para chegar ao paradeiro dos dois rapazes. No dia 6 de maio, a delegacia do Município recebeu a informação de que os dois corpos estavam em uma área de mata, próximo ao limite com o município de Itanhangá. 

Condenações

Em fevereiro, Wellington Santos de Melo foi condenado pelo Tribunal do Júri da comarca de Tapurah a 34 anos e dois meses de reclusão. Já em março, Alysson Matos de Oliveira foi sentenciado a 26 anos de prisão.

Fonte: Mídia News

Conteúdo original: https://www.midianews.com.br/policia/advogado-e-alvo-de-novo-mandado-de-prisao-por-duplo-homicidio/465095

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