Dentro da rica cadeia produtiva do chamado agronegócio estão inseridos inúmeros empreendimentos ligados diretamente ao meio ambiente, pela exploração dos recursos naturais, a partir da terra, que com o tempo e a falta de cuidados começa a apresentar exaustão e, consequentemente, a reduzir a produção.
Conhecemos muitos produtores de cana, soja, milho, arroz, feijão, mandioca, banana, amendoim, carne, leite, frutas, sementes e tantos outros produtos naturais que dependem da terra e, principalmente da abundância das águas, mas não conhecemos produtores de água, que é essencial na produção agrícola.
Diante da redução drástica das águas em todo o território nacional, que representa séria ameaça à produção agropecuária e, consequentemente, à segurança alimentar, o governo federal criou, há mais de 10 anos, o programa denominado Produtores de Água, que garante o Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) aos participantes.
Coordenado pela ANA – Agência Nacional de Água -, o programa atua na correlação entre o uso agrícola do solo e a depreciação de seus atributos, como a fertilidade, atuando também contra a compactação que reduz a capacidade de infiltração e propicia condições favoráveis a formação de processos erosivos.
“…programa governamental é simples, direto e objetivo, criado junto com as prefeituras…”
O programa também tem como finalidade mitigar os impactos causados pela exploração exagerada da terra, causadora do êxodo rural ou da migração para abertura de novas áreas com novos impactos sociais urbanos e ao meio ambiente.
Portanto, trata-se de uma medida moderna, sustentável e ecologicamente correta que, sem abrir mão da exploração agrícola e pecuária, inclui nas atividades a recuperação e a preservação ambiental no sentido de preservar os recursos existentes e recuperar a porosidade do solo e a produção de água como forma de manutenção da fertilidade.
O programa governamental é simples, direto e objetivo, criado junto com as prefeituras que devem firmar convênio, cadastrar parceiros e oferecer assistência técnica junto com técnicos do governo federal, cujas decisões e medidas são adotadas em conjunto com o produtor de água, que é remunerado de acordo com a quantidade produzida.
Recebendo de R$ 800 a R$ 2 mil hectare/ano pelos serviços ambientais prestados, o produtor de água consegue mudar o perfil de sua propriedade, trabalhar em sintonia com o meio ambiente, manter e recuperar nascentes em suas terras, que podem se transformar em paraísos remunerados pelo governo.
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