Unidades de saúde realizam campanha de testes-rápidos de hepatite em Palmital

O Departamento de Saúde da Prefeitura de Palmital está realizando nesta semana uma campanha de intensificação da hepatite. O trabalho, que ocorre por meio do oferecimento de testes-rápidos em todas as unidades básicas, faz parte da Campanha Julho Amarelo, que simboliza o Mês de Luta contra as Hepatites Virais.

Confira abaixo os locais e horários dos testes:

De acordo com a Vigilância Epidemiológica de Palmital, os testes estão disponíveis para realização ao longo de todo ano. Em Julho, anualmente, o trabalho é reforçado juntamente com as ações de conscientização sobre a prevenção e o diagnóstico precoce da doença. Os procedimentos possibilitam saber se a pessoa tem o vírus em cerca de 20 minutos, possibilitando o acompanhamento pelo SUS.

CAMPANHA

A campanha foi instituída no Brasil pela Lei nº 13.802/2019 e tem por finalidade reforçar as ações de vigilância, prevenção e controle da doença. As hepatites são infecções que atingem o fígado, causando alterações leves, moderadas ou graves. A doença pode ser causada por vírus ou pelo uso de alguns medicamentos, álcool e outras drogas, assim como por doenças autoimunes, metabólicas ou genéticas.

As hepatites virais são um grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo. O impacto dessas infecções acarreta aproximadamente 1,4 milhões de mortes anualmente no mundo. São doenças infecciosas causadas por cinco vírus diferentes (A, B, C, D e E), que têm preferência para infectar as células do fígado, porém apresentam formas de transmissão e evoluções clínicas diferentes. No Brasil, as hepatites virais mais comuns são as A, B e C, enquanto a D é mais comum na região Norte.

SINTOMAS

As hepatites B e C, em geral, não apresentam sintomas. Entretanto, quando presentes, pode-se manifestar: cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras, podendo surgir apenas quando a doença está em estágio avançado.

DIAGNÓSTICO PRECOCE

O diagnóstico precoce permite o tratamento em tempo adequado e impacta diretamente na qualidade de vida, além de prevenir as complicações da infecção como cirrose, carcinoma hepatocelular, fibrose, cirrose, outras comorbidades que podem levar à necessidade de transplante do órgão, e morte.

O SUS disponibiliza testes rápidos para o rastreio das hepatites B e C, que podem ser solicitados espontaneamente por qualquer pessoa e realizados pelos serviços do SUS. Todas as pessoas precisam ser testadas pelo menos uma vez na vida para esses tipos de hepatite.

No caso da hepatite B, o teste deve ser realizado em todas as pessoas que não foram adequadamente vacinadas. Em relação à hepatite C, os serviços de saúde devem oferecer a testagem para todas as pessoas com 40 anos ou mais.

Ressalta-se que as pessoas que apresentem qualquer condição de vulnerabilidade para infecção precisam ser testadas periodicamente para os dois tipos.

TRANSMISSÃO

– Pelo contato com sangue contaminado através de pequenas lesões, por compartilhamento de agulhas, seringas, material de manicure e pedicure, lâminas de barbear e depilar, tatuagens, piercings, procedimentos odontológicos ou cirúrgicos, que não atendam as normas de biossegurança;

– Por exposição sexual desprotegida;

– Da gestante para o bebê.

PREVENÇÃO

A vacina para hepatite B é universal e está prevista no calendário vacinal infantil. Também está disponível nas unidades de atenção primária à saúde para toda a população que não foi adequadamente vacinada na infância, independentemente da idade. Já a hepatite C não dispõe de uma vacina que confira proteção.

Recomenda-se também usar preservativo em todas as relações sexuais, não compartilhar objetos de uso pessoal que possa ter entrado em contato com secreção ou sangue como: lâminas de barbear e depilar, escovas de dente, material de manicure e pedicure, seringas, equipamentos para uso de drogas, confecção de tatuagem e colocação de piercings.

A testagem das mulheres, grávidas no pré-natal ou com intenção de engravidar, também é fundamental para prevenir a transmissão de mãe para o bebê. A profilaxia para a criança após o nascimento reduz drasticamente o risco de transmissão da gestante para o bebê.

TRATAMENTO

Após a confirmação do diagnóstico, o tratamento é realizado com medicamentos antivirais específicos, disponibilizados gratuitamente pelo SUS. Uma vez diagnosticada, é importante evitar o consumo de bebidas alcoólicas e manter hábitos saudáveis de alimentação e atividade física.

Para a hepatite B, os tratamentos disponíveis não trazem a cura nem estão indicados para todos os pacientes. Porém, podem reduzir a progressão da cirrose, incidência de câncer de fígado e melhorar a sobrevida em longo prazo. O tratamento da hepatite C tem taxas superiores a 95% de cura.

Com informações da enfermeira Adriana Nascimento de Oliveira Miranda (Coren/SP 0150980)

Compartilhe
Facebook
WhatsApp
X
Email

destaques da edição impressa

colunistas

Cláudio Pissolito

Don`t copy text!

Entrar

Cadastrar

Redefinir senha

Digite o seu nome de usuário ou endereço de e-mail, você receberá um link para criar uma nova senha por e-mail.