Quem vê Marcos Paulo Garbone Gimenez, 20 anos, vivendo como qualquer jovem de sua idade nem imagina que ele foi assunto de diversas reportagens há 13 anos. Famoso pela capacidade de atrair metais, ele foi tema recorrente na imprensa goiana e até nacional. Atualmente, estuda jornalismo e faz estágio.
Ao g1, ele conta que tudo começou quando sua mãe, Rita de Cássia Garbone Gimenez dos Reis, viu uma reportagem na TV que mostrava um menino, na Croácia, com supostos poderes magnéticos. Por ela perceber que os metais só grudavam nas crianças mais gordinhas, resolveu testar no filho e deu certo.
“Ela resolveu testar em mim quando eu cheguei da escola e funcionou. As coisas que ela colocou, garfos e colheres, grudaram. A gente tentou com algumas coisas mais pesadas, e grudaram também”, relatou.
Marcos Paulo Garbone Gimenez com ferro colado ao corpo e, à direita, como está atualmente — Foto: Elisângela Nascimento/G1 GO e Arquivo pessoal/Marcos Garbone
Marcos conta que o feito foi relatado por seu pai para um amigo que trabalhava em um jornal de Goiânia. “Foi tudo muito rápido, mas intenso. Depois dessa primeira veiculação, todas as emissoras, todos os veículos de comunicação entraram em contato quase que ao mesmo tempo. Foram chegando ao longo de uma semana, todos querendo marcar entrevista”, lembrou.
O caso de Marcos ganhou repercussão nacional, após o g1 divulgar o curioso fenômeno. Na época, a reportagem procurou a dermatologista Juliana Salgado para explicar esse magnetismo. Segundo ela, a produção de suor e sebo era a explicação para que a pele da criança atraísse metais.
Matéria g1 Goiás sobre o menino imã em 2011 — Foto: Reprodução
Apesar de todas reportagens, Marcos lembrou que ele não era reconhecido na rua mesmo quando sua capacidade de atrair metais era assunto na imprensa. Segundo ele, o reconhecimento acontecia mais na escola. “Aconteceu uma vez, quando eu estava saindo com o meu tio e um homem em uma distribuidora me reconheceu”. Hoje em dia, ele afirma que ninguém mais o reconhece como o “menino imã”.
O jovem admitiu que já tentou grudar metais na pele depois de adulto, mas constatou que não possui mais essa capacidade. “Eles caem, normalmente, igual em todos. A última vez que eu me lembro funcionar foi em 2013 ou 2014”, declarou.
Atualmente, ele está cursando o sétimo período da faculdade de jornalismo e está fazendo estágio. Mas ele garante que o que aconteceu no passado não teve influência na sua escolha profissional. “Eu fui perceber que queria fazer jornalismo durante a pandemia e eu comecei querendo fazer jornalismo esportivo para falar de futebol”, contou.
Fonte: g1