Conselho Tutelar, Escuta Especializada e Saúde Mental realizam palestras na Escola Adalgisa

Nesta quarta-feira, 18 de setembro, o Conselho Tutelar de Palmital, representado pelas conselheiras Isis Joaquim, Bianca Campos, Vivian Côco, Angela Engler e o conselheiro Luigi Verza, juntamente com a Escuta Especializada e a Saúde Mental, deu início a uma série de visitas às escolas do município. As palestras, realizadas na Escola Adalgisa, visaram esclarecer aos jovens o verdadeiro papel do Conselho Tutelar e discutir questões relevantes ao Setembro Amarelo, mês de prevenção ao suicídio. As apresentações foram feitas para combater a visão equivocada que muitos têm sobre o Conselho Tutelar e informar os alunos sobre a importância de buscar ajuda em momentos de vulnerabilidade.

Conselho Tutelar: Esclarecimentos e Orientações

A manhã de palestras começou com a conselheira Isis Joaquim, que explicou o papel do Conselho Tutelar. Ela esclareceu que o Conselho não é um órgão punitivo, mas sim de proteção dos direitos das crianças e adolescentes. O objetivo principal do Conselho é garantir que os direitos previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente sejam cumpridos. Isis destacou que o Conselho pode atuar em situações de abuso, negligência, violência física, psicológica, e também em casos de testemunho de violência. Ela explicou que o Conselho atua de forma preventiva e educativa, oferecendo medidas de proteção, orientações e encaminhamentos para serviços de saúde, educação e apoio social.

Em seguida, a conselheira Vivian Côco abordou o processo de seleção dos conselheiros tutelares, que inclui avaliações psicológicas e documentais antes da eleição pela comunidade. Vivian ressaltou a importância do Conselho na parceria com o Ministério Público e outros órgãos no combate a casos de violência, abuso e exploração. Ela explicou que a exploração pode ocorrer quando crianças e adolescentes são forçados a trabalhar continuamente sem acesso à educação, e que existe um trabalho legal para menores aprendizes, que deve ser compatível com a educação.

O conselheiro Luigi Verza forneceu informações sobre como acionar o Conselho Tutelar em casos de emergência. Ele apresentou o número de contato (18) 99799-7208 e o Disque 100, um serviço gratuito e anônimo para denúncias em todo o país. Luigi também abordou a questão do bullying e cyberbullying, esclarecendo que ambos são formas de violação dos direitos das crianças e adolescentes e devem ser reportados ao Conselho.

Escuta Especializada e Saúde Mental: Prevenção e Apoio

À tarde, as palestras foram continuadas com o psicólogo Fabio Martins, que discutiu o Setembro Amarelo e a prevenção do suicídio. Fabio abordou os sintomas de risco e a importância de buscar ajuda de profissionais de saúde mental. Ele salientou como o silêncio pode agravar o sofrimento e destacou a necessidade de procurar apoio médico para encaminhamentos a psicólogos e psiquiatras. Fabio também forneceu informações sobre como evitar o suicídio, o impacto do uso de substâncias e o suporte emocional necessário.

Psicólogo Fabio Martins – Foto: Jornal da Comarca

A psicóloga Beatriz Toral detalhou o que constitui uma violação de direitos e as formas de buscar ajuda nessas situações. Ela apontou que crianças e adolescentes podem utilizar diversos canais para garantir sua proteção e segurança. Esses meios de contato com o Conselho Tutelar, como o telefone e o e-mail ctpalmital@gmail.com, permitem que eles solicitem ajuda e reportem casos de violação.

Beatriz ressaltou que, além desses canais diretos, os profissionais de escolas, unidades de saúde, polícia e serviços sociais podem ser acionados pelas crianças para identificar sinais de violação dos direitos e encaminhar os casos ao Conselho Tutelar para assistência. Ela destacou que essas ferramentas são essenciais para garantir a proteção eficaz dos direitos das crianças e adolescentes e assegurar uma resposta rápida às situações de risco.

Psicóloga Beatriz Toral – Foto: Jornal da Comarca

Além disso, Beatriz apresentou o processo de escuta especializada, que assegura o acolhimento adequado das vítimas e testemunhas de violência, e ressaltou a importância de buscar ajuda sempre que necessário. Após a sua fala, ela conduziu uma dinâmica com bexigas amarelas para reforçar e esclarecer dúvidas sobre o tema da palestra.

A conselheira Bianca Ribeiro complementou que o Conselho Tutelar está disponível para atendimento de segunda a sexta-feira, mas possui plantões telefônicos que garantem suporte 24 horas por dia. Isso assegura que os jovens e suas famílias possam acessar ajuda a qualquer momento.

Por fim, a conselheira Isis Joaquim abordou o fato de que, a partir dos 12 anos, crianças e adolescentes podem responder por atos infracionais e que tanto o bullying quanto o cyberbullying são considerados crimes.

Alunos da Escola Adalgisa – Foto: Jornal da Comarca

Para quem precisar de ajuda, os contatos disponíveis são:

• Conselho Tutelar: (18) 99799-7208 – ctpalmital@gmail.com

• Disque 100 (denúncia anônima): 100

• CVV (apoio emocional): 188

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