Prefeitura anuncia projeto de perfuração de poço para captação de água no Aquífero Guarani

As condições climáticas adversas, com longos períodos sem chuva que estão afetando a agricultura desde o ano passado, trouxe a tona o debate sobre o abastecimento de água na cidade de Palmital. Devido à considerável redução na produção nas minas do horto florestal e nos poços artesianos, a Prefeitura citou como exemplo as medidas adotadas nos últimos anos e anunciou os planos futuros para adequar o sistema para enfrentar as variações climáticas.

Na semana passada, a crise hídrica prolongada foi abordada em vídeo divulgado pelo prefeito Luis Gustavo Mendes Moraes, que destacou os desafios no enfrentamento a mais severa seca dos últimos 70 anos, que afeta todas as regiões do Brasil, incluindo incêndios florestais em todas as regiões do país. Ele enfatizou o empenho da administração na adoção de medidas emergenciais para garantir a água nas torneiras dos palmitalenses.

O prefeito revelou que, desde o anúncio do atual plano de saneamento, em 2022, foi feita a ampliação da capacidade de armazenamento em diversos reservatórios, a adequação de redes de distribuição, a reativação de antigos e a perfuração de novos poços. Contudo, segundo Luis Gustavo, a cidade cresceu muito nos últimos anos, causando considerável aumento no consumo, mantido por uma infraestrutura de saneamento antiga.

De acordo com Luis Gustavo, em contraponto ao aumento do consumo pela expansão da cidade, a capacidade de produção do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) registrou queda na produção de água nos últimos dez anos devido à diminuição da disponibilidade hídrica no solo. Segundo ele, a vazão dos poços caiu de 396 m³/h para 201 m³/h, uma redução de quase 50% mesmo com a perfuração de novos poços de captação.

PLANO –Diante disto, fica claro que precisamos buscar novas fontes de captação, para garantir que a gente não dependa exclusivamente das estruturas que temos hoje”, destacou o Luis Gustavo. “Temos projetos em andamento. Um deles é a perfuração de um poço profundo para captar água do Aquífero Guarani, com um investimento estimado em R$ 6 milhões”, afirmou o prefeito.

Mapa mostra a grande extensão do Aquífero Guarani na América do Sul

O Aquífero Guarani é uma imensa reserva hídrica, considerada a segunda maior do mundo, suficiente para abastecer a população brasileira durante 2.500 anos. O reservatório está sob oito estados do Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil, além de parte de Argentina, Paraguai e Uruguai. Sua área abrange quase todo o Estado de São Paulo, onde vários municípios já utilizam as águas captadas do subsolo a profundidades de aproximadamente 1,5 mil metros.

De acordo com o prefeito, o projeto foi elaborado pelo Departamento de Águas e Energia (DAAE) do Estado de São Paulo e já foi apresentado para buscar recursos tanto no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal, quanto no UniversalizaSP, iniciativa do governo estadual para ações de saneamento nos municípios. “Estamos em negociação de recursos para sua execução”, contou Luis Gustavo. Luis Gustavo anunciou ainda que os planos do Saae incluem sistema de telemetria para monitoramento da produção dos poços em tempo real, investimentos em eficiência energética para economia de recursos e sustentabilidade, a ampliação da Estação de Tratamento de Esgoto e a reforma e adequação dos reservatórios, além da setorização e georreferenciamento das redes de distribuição de água e de coleta de esgoto sanitário.

Compartilhe
Facebook
WhatsApp
X
Email

destaques da edição impressa

colunistas

Cláudio Pissolito

Don`t copy text!

Entrar

Cadastrar

Redefinir senha

Digite o seu nome de usuário ou endereço de e-mail, você receberá um link para criar uma nova senha por e-mail.