No domingo (10/11), a cantora transexual Santrosa, de 27 anos, foi encontrada morta em uma área de mata em Sinop (MT), município localizado a 503 km de Cuiabá. Segundo informações da Polícia Civil, a vítima foi localizada com sinais de violência brutal: teve as mãos e pés estavam amarrados antes de ser decapitada.
Até o momento, não há informações sobre suspeitos ou motivação para o crime, que está sendo investigado pelas autoridades locais. Santrosa era conhecida na região tanto por seu trabalho artístico quanto por sua atuação política.
Em 2024, foi candidata a vereadora pelo PSDB, obtendo 121 votos válidos e ficando como suplente. Além disso, ela mantinha um canal no YouTube com 4,1 mil inscritos, em que publicava clipes musicais e conteúdos sobre cultura e inclusão social.
Na política, sua defesa centrava-se no incentivo à cultura e na ampliação do acesso a oportunidades culturais para comunidades periféricas de Sinop. Nas redes sociais, amigos e fãs prestaram homenagens emocionadas. Comentários como “uma perda irreparável” e “tão talentosa, tão cheia de vida e muita alegria. Descanse em paz, minha querida” foram registrados em sua última publicação.
A Associação da Parada do Orgulho LGBTQIA+ de Mato Grosso também se manifestou, em nota, sobre o assassinato. A entidade informou que acionou o Grupo Estadual de Combates aos Crimes de Homofobia (GECCH) e que cobrará das autoridades uma apuração rigorosa para identificar os responsáveis pelo crime. A associação ressaltou a importância de um desfecho rápido e transparente, considerando o histórico de violência enfrentado por pessoas trans no país.
A Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) esteve no local e realizou os primeiros exames. O corpo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) para a realização de laudos que possam auxiliar na investigação. A Polícia Civil mantém as investigações sob sigilo, mas informou que está empenhada em esclarecer as circunstâncias e as motivações do crime.
Fonte: DCM