As eleições municipais de 2024 serviram para a escolha de novos ou à reeleição de prefeitos e vereadores, seguidas da escolha dos presidentes das câmaras municipais, que assumem o poder de decisão administrativa e financeira no gerenciamento dos recursos repassados pelos Executivos para manutenção dos Legislativos.
As medidas adotadas pela chamada mesa diretora das câmaras municipais, comandadas pelo presidente escolhido pelos demais vereadores, assim como os projetos de lei e de resolução apresentados e votados, são reveladores da filosofia adotada pelo dirigente principal.
As primeiras notícias veiculadas pela imprensa da região revelam as mudanças havidas em cada cidade, identificando o novo modelo administrativo adotado pelo presidente, uma vez que os escolhidos para comandar a gestão dos legislativos municipais possuem o chamado poder discricionário sobre as despesas, já que as receitas são atreladas à arrecadação do Município.
Portanto, cada mesa diretora, comandada pelo seu respectivo presidente, tem o poder de fazer as câmaras municipais mais econômicas ou mais dispendiosas por meio de suas decisões administrativas.
“…cada mesa diretora, comandada pelo seu respectivo presidente, tem o poder de fazer as câmaras municipais mais econômicas ou mais dispendiosas…”
O objetivo da maioria dos vereadores eleitos é chegar à presidência da Câmara para conseguir mais poder e, consequentemente, mais visibilidade e, assim, ganhar popularidade na esperança de alçar outros cargos nos próximos pleitos, como a candidatura a prefeito, por exemplo.
Para buscar os holofotes por meio de notícias, os presidentes de câmaras têm dois caminhos: fazer uma gestão dispendiosa, agradando aos demais vereadores e funcionários da casa, que podem se tornar seus correligionários, ou aplicando medidas de economia para devolver às prefeituras parte dos recursos previstos nos orçamentos dos legislativos e ganhar popularidade junto à população.
Observando as primeiras medidas adotadas em várias câmaras da região, constata-se que em Ourinhos, por exemplo, a política é aumentar o número de funcionários comissionados, enquanto em Ibirarema, mesmo em uma câmara bem enxuta, houve sensível redução na ocupação de cargos.
Assis acaba de anunciar a devolução de R$ 1 milhão para a Prefeitura, valor que será aplicado pela administração municipal, enquanto em Palmital temos projetos de aumento de salários para o futuro e criação de plano de saúde para funcionários e vereadores, em medidas que podem revelar o perfil de cada Câmara.
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