Verdades ocultas

Em tempo de universalização da comunicação por meio das redes sociais da internet, que garantem exposição a qualquer forma de manifestação, incluindo as notícias falsas e as alarmistas, grande parte da população se transformou em comunicadora de suas virtudes e de seus feitos, verdadeiros ou não.

O critério de julgamento da importância da publicação não depende mais do crivo dos profissionais da comunicação, sejam jornalistas, editores ou diretores, que estão habilitados a selecionar os assuntos que de fato tenham relevância ou atendam ao interesse público.

A busca pela audiência medida em números de acesso, mesmo que o internauta tenha sido atraído apenas pelo título da publicação, sem conseguir sequer interpretar o conteúdo, ou simplesmente reagido positivamente para agradar o titular da página, faz com que qualquer manifestação populista, tendenciosa, exibicionista, escandalosa ou sensacionalista seja considerada relevante no contexto da comunicação social.

Em vez de avaliar a capacidade do leitor de entender a informação, reagir de forma adequada e replica-la a outros formadores de opinião, os “criadores de conteúdo” buscam apenas o engajamento superficial, muitas vezes remunerando a rede social para alcançar mais internautas sedentos de um novo assunto para substituir o anterior.

“…as redes sociais dominam as mentes mais vulneráveis, viciam crianças e adultos, corrompem valores e normalizam o errado…”

E, assim, de notícia em notícia, de escândalo em escândalo, de crime em crime e de corrupção em corrupção, com muitas mentiras, golpes e depravação social e moral, as redes sociais dominam as mentes mais vulneráveis, viciam crianças e adultos, corrompem valores e normalizam o errado em detrimento ao correto.

Na esteira da febre midiática que assola o mundo globalizado estão os políticos, principais interessados em garantir o monopólio das notícias, para que lhes sejam sempre favoráveis.

Os exemplos do uso abusivo e irresponsável das redes sociais em causa própria são diários, permanentes, recorrentes e replicados de forma contínua, criando um mundo paralelo onde cada indivíduo propala sua verdade, que a cada dia perde mais credibilidade.

Não por acaso, os sistemas de checagem de notícias estão cada vez mais procurados e as informações das redes sociais e dos aplicativos de mensagens são cada vez menos discutidos publicamente, pois mesmo se regozijando com as publicações com as quais se identificam, muitos têm consciência de que muitas verdades estão ocultas.

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Cláudio Pissolito

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