Lula-Bolsonaro e o furto de aposentados

Nem Lula, nem Bolsonaro. Nem a Polícia Civil e nem a Polícia Federal. Nem a esquerda e nem a direita. Ninguém protege os aposentados brasileiros aviltados desde a vida produtiva em jornadas exageradas, salários baixos, fundo de garantia mal remunerado, péssima assistência médica, reduzido acesso à moradia e exposição permanente à violência.

Caso sobrevivam depois de muito trabalho duro desde a infância, já na velhice, quando precisam de mais cuidados, melhor alimentação e recursos para usufruir algum lazer, têm suas rendas reduzidas pelos mecanismos criados para manter o “equilíbrio fiscal”.

Após a maratona burocrática para aprovar a muito negada aposentadoria, o que inclui a busca insana por documentos do passado, de testemunhas do sofrimento, da participação de intermediários e de processos judiciais movidos por certos advogados inescrupulosos que se tornam sócios dos proventos, futuros e passados, a data do primeiro recebimento chega por meio de uma financeira que oferece crédito consignado ou de uma associação desconhecida que inclui o “privilegiado” como sócio contribuinte.

“…a primeira providência é acusar o adversário político de ladrão de velhinhos indefesos, pelos furtos que todos praticam…”

A vida pessoal, laboral e bancária do trabalhador brasileiro é devastada diariamente por empresas fantasmas, associações fajutas e financeiras abastecidas com informações sigilosas fornecidas por dirigentes e funcionários de instituições públicas que as usam como moeda de troca, prática de crimes e formação de quadrilha.

Revelado o rombo com muito atraso, provavelmente por desacordo de rateio entre as partes envolvidas nos crimes continuados, a primeira providência é acusar o adversário político de ladrão de velhinhos indefesos, pelos furtos que todos praticam e se locupletam.

Os chefes dos esquemas são defendidos por autoridades públicas de elevado escalação, as demissões são adiadas ao máximo, deputados e senadores do partido detentor do ministério aquinhoado com o rico orçamento da previdência ameaçam retaliar o próprio país contra a suspensão das propinas e o homem de confiança, nomeado pelo principal responsável, que deveria sair do governo direto para a cadeia, assume o cargo para “moralizar” a instituição.

A prática vergonhosa, inaugurada por Pedro Alvares Cabral, que corrompeu índios com espelhinhos, foi mantida no Império, repetida na República, replicada nas Ditaduras e aprimorada na Democracia, enquanto o povo se digladia entre a esquerda e a direita.  

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Cláudio Pissolito

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