Funcionários da agência do Bradesco de Palmital suspenderam os trabalhos no início da manhã desta terça-feira (26/08) para cobrar informações sobre a segurança do prédio. A preocupação dos trabalhadores são escoras instaladas há mais de 15 dias no teto do prédio da agência sem informações sobre eventuais riscos de colapso da estrutura.
O movimento foi articulado pelo Sindicato dos Bancários de Assis e Região, que exigiu posicionamento da direção do banco para garantia da integridade dos trabalhadores e correntistas. Conforme material fotográfico enviado pelo Sindicato dos Bancários, as vigas de madeira ligadas à cobertura do prédio, passando por janelas abertas no forro, foram instaladas em 11 de agosto.

Aparentemente, as estruturas estão fazendo o suporte do telhado, que é coberto com telhas de amianto e apresenta uma leve depressão no topo. Em uma das escoras há um impresso com a inscrição “POR FAVOR NÃO ENCOSTAR/SE ESCORAR”, além do pedido de desculpa pelo transtorno e informando que estão em obras “para melhor atende-lo”.

Segundo Fábio Escobar, presidente da entidade sindical, desde a instalação das escoras até a suspensão do atendimento na agência, o banco não havia apresentado “nenhum documento que garanta que as escoras estão bem feitas e que esse teto não vai cair”. “Portanto, não estamos colocando os bancários e pessoas que utilizam a agência em risco de vida”, completou ele para justificar o movimento realizado nesta terça-feira (26/08).

Fábio Escobar disse que, diante da falta de informações sobre a segurança das escoras, o Sindicato dos Bancários chegou a enviar pedido para que a Prefeitura de Palmital, por meio da Vigilância Sanitária e outros órgãos municipais, faça inspeção na agência, mas não obtiveram retorno até a paralização das atividades. De acordo com o apurado pelo JC, o movimento foi encerrado por volta das 10 horas, após informações prestadas pelo Bradesco, possibilitando a abertura normal do expediente no prédio.

O presidente do Sindicato dos Bancários confirmou que conversou com engenheiro e que recebeu documentação do Bradesco assumindo que as instalações estão em segurança, permitindo a realização normal das atividades. “Eles garantiram que nada vai acontecer. Diante desta certificação, nós abrimos as portas e os funcionários voltaram a trabalhar para atender ao público”, finalizou. O JC enviou pedido de informação à assessoria de imprensa da instituição, mas não havia recebido retorno até o início da tarde desta terça-feira (26/08).