“…muita gente ainda vive em condições precárias de moradia e de saneamento…”
Uma deficiência crônica entre as políticas públicas do Brasil é, com certeza, a oferta de moradia para a parcela da população de baixa renda, que se submete a condições indignas de habitação em favelas, cortiços e invasões insalubres.
Não obstante à pujança do setor da construção civil em escala nacional, onde até cidades secundárias se destacam entre as mais caras do mundo, como é o caso de Balneário Camboriú e seus gigantescos e milionários arranha-céus residenciais, muita gente ainda vive em condições precárias de moradia e de saneamento básico.
Os poucos investimentos públicos no setor da moradia popular e os programas de financiamento habitacionais de difícil acesso tornam a vida de grande número de brasileiros cada vez mais difícil, seja pela distância entre os bairros populares e os centros empresariais ou pela precariedade da infraestrutura nas periferias das cidades.
Outro aspecto a se considerar é o custo da construção civil sem planejamento adequado e mantida em sistema quase artesanal que alonga em muito os prazos de conclusão das obras.
Um discreto anúncio publicitário feito em portais de notícias da internet oferece casas pré-fabricadas em módulos de concreto a preços bastante acessíveis, muito menores que os praticados pelas construtoras que prestam serviços às prefeituras e governos, revelando a enorme disparidade de custos entre fornecedores de empresas privadas e de órgãos públicos.
A empresa argentina de tecnologia e comércio eletrônico, o conhecido Mercado Livre, oferece uma enorme gama de modelos de casas pré-fabricadas, em concreto ou metal, a preços bastante inferiores aos praticados pelas construtoras especializadas em moradias populares, com prazo de conclusão de obras também muito menores.
Considerando a existência no Brasil de grande número de empresas especializadas na produção e montagem de casas modulares de baixo custo e de excelente qualidade, fica difícil entender a opção pelo sistema tradicional de construção, sempre muito moroso, de baixa qualidade e sem manter o padrão entre as unidades.
Lembrando que, em 2021, o próprio governo do Estado utilizou o sistema modular para construir moradias para os desabrigados das enchentes em São Sebastião, no Litoral Paulista, é possível inferir que uma política habitacional séria e comprometida com as necessidades do povo pode reduzir custos e garantir casas para todos.
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