Padrasto mandou áudio ao pai falando que menina enterrada em quintal estava morta: ‘Não existe mais, pare de encher o saco’

O padrasto da menina de 5 anos assassinada em Itapetininga (SP) enviou áudio para o pai biológico dela falando que a garota estava morta e, com isso, acabaria o vínculo dele com a mãe da criança. Ainda na mensagem, o suspeito pede ao pai que “pare de encher o saco” dele e da mãe da criança (ouça abaixo). O corpo de Maria Clara Aguirre Lisboa foi encontrado enterrado nesta terça-feira (14/10), no quintal da casa do suspeito.

Padrasto mandou áudio a pai falando que menina enterrada em quintal estava morta – Vídeo: g1

O casal Luiza Aguirre Barbosa da Silva, mãe da menina, e Rodrigo Ribeiro Machado, o padrasto, foi preso e confessou o crime. Eles serão indiciados por homicídio e ocultação de cadáver. Luiza e Rodrigo passaram por audiência de custódia nesta quarta-feira (15/10) e a Justiça manteve a prisão deles.

Segundo a avó paterna da garota, Vanderleia Monteiro do Amaral, de 50 anos, o suspeito do assassinato mandou áudio pelo telefone de Luiza da mãe da criança, há duas semanas, falando ao pai que Maria Clara estava morta.

No registro, ao qual o g1 teve acesso, Rodrigo parece ficar irritado com a situação e pede para que Luiza confirme que Maria Clara estava morta.

“Fale a verdade para o cara [pai da Maria Clara]”, pediu Rodrigo. “Tô falando para você já, pare. O, que a menina morreu já”, completou Luiza para o pai da menina.

Em outro momento, em tom de ameaça, o suspeito diz ao pai que não há mais vínculo entre ele a ex-companheira, pois a filha deles já “não existe mais”.

“Mano, você é surdo também, cara? Não me irrite não, parça. Já falei, parça. Não vou nem mais responder você, mano. Já falei, sua filha está morta, não existe mais, parça. Pare de ficar enchendo o saco, entendeu? Para de mandar mensagem, falou?”

“Eu não vou perder mais meu tempo, falou? Por que é o seguinte… você não tem mais nenhum vínculo com a Luiza, certo? Não tem filho, não tem mais nada, certo? Ele já tá morto. Então, eu preciso nem gastar saliva com você, nem responder você. Nem a família sua, falou?”, completou Rodrigo no áudio enviado.

Ao g1, a avó Vanderleia contou que as gravações foram enviadas ao filho dela. Ela conta que o padrasto chamava Maria Clara de “marota”, mimada e que era mal-educada, culpando a família paterna pelo comportamento da menina.

Nas vezes em que a criança visitava sua casa, aos fins de semana, a avó percebeu marcas de agressões com uso de força nos punhos da menina.

Segundo a Polícia Civil, a menina sofria agressões frequentes da mãe e do padrasto. O áudio foi acrescentado ao inquérito policial.

Fonte: g1.

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Cláudio Pissolito

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