O crime das árvores

“…temos as duas grandes praças principais transformadas em estacionamento de veículos…”

As mudanças climáticas cada vez mais aceleradas e os fenômenos meteorológicos  extremos recorrentes tem causa muito conhecida e simples de reverter: a supressão da vegetação nativa e, principalmente, a erradicação criminosa de florestas ou de conjuntos de árvores.

O chamado aquecimento global, absolutamente comprovado cientificamente e sentido por cada ser que habita o planeta, continua ignorado pelos negacionistas que depreciam os ambientalistas utilizando da maledicência proposital que conquista adeptos igualmente limitados do entendimento básico da natureza.

Para compreender a velocidade das mudanças climáticas com  os exemplos disponíveis diariamente, seja pelo calor elevado, pelas ondas de frio fora de época, pelas chuvas intensas em curtos períodos, pelos ventos mais fortes e pelas grandes enxurradas e enchentes cada vez mais frequentes, basta o mínimo de observação e memória de curto prazo.

Afinal, a simples existência de áreas de florestas junto a aglomerados urbanos torna o ambiente mais agradável, com menos calor, facilita a infiltração das águas pluviais que abastecem os mananciais e servem como barreiras naturais contra os ventos que causam estragos.

O valor de uma árvore, que em praticamente todos os países ganhou dias especiais para reverencia-la, como é o caso do Brasil, que dedica o 21 de setembro, cada vez menos lembrado, é relegado para simplesmente mostrar uma fachada de loja, pelo incômodo das folhas no chão, pelos pássaros que dela de utilizam e até para exibir uma arquitetura residencial.

Todos os benefícios das árvores são trocados pela fiação sem planejamento, pela calçada impermeável, pelo quintal cimentado e até mesmo pela plaquinha de trânsito quase sempre ignorada, provando a absoluta falta de sentido mínimo de beleza e de estética de grande parte do povo.

Em Palmital, por exemplo, temos as duas grandes praças principais transformadas em estacionamento de veículos, grandes extensões de calçadas sem qualquer área de infiltração e muito menos com árvores para reduzir o calor, e grandes praças, principalmente no entorno da via férrea desativada, prontas para serem destruídas pelo interesse meramente comercial.

Os erros se repetem em propriedades rurais que erradicam árvores para aumentar áreas de plantio e se recusam a cumprir as regras ambientais mínimas de proteção à riachos e mananciais, mesmo afetadas por secas e vendavais.

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Cláudio Pissolito

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