Perigos Verdes: saiba quais plantas oferecem riscos aos pets

Muitas são as plantas que podem intoxicar os cães e gatos; para evitar esses perigos é importante manter os animais longe de algumas espécies

As plantas fazem parte da decoração de muitos ambientes. Porém, para quem tem pets elas podem representar um risco grave de intoxicação.

Algumas espécies encontradas frequentemente em residências possuem substâncias capazes de causar uma série de sintomas nos pets, que vão desde irritações leves até problemas graves de saúde.

Segundo a Profa. Dra. Catia Massari, médica-veterinária e docente no Centro Universitário Facens, é fundamental que os tutores estejam cientes dos perigos e a prevenção é, sem dúvida, a estratégia mais eficaz.

“Para isso, é essencial conhecer as plantas tóxicas e removê-las do ambiente do animal ou colocar em ambientes onde eles não têm acesso”, diz.

A especialista elenca algumas das plantas mais comuns em jardins, que podem prejudicar a saúde dos pets. São elas:

  • Comigo-ninguém-pode (Dieffenbachia): causa irritação na boca, salivação excessiva, vômito e dificuldade para engolir;
  • Copo-de-leite (Zantedeschia aethiopica): provoca irritação na boca e garganta, salivação excessiva, vômito e inchaço;
  • Antúrio (Anthurium): pode levar a inchaço e irritação na boca e garganta e dificuldade para engolir;
  • Costela-de-adão (Monstera deliciosa): causa irritação na boca, vômito e diarreia.
  • Espirradeira (Nerium oleander): altamente tóxica, pode causar problemas cardíacos, respiratórios e neurológicos;
  • Lírios (Lilium spp.): são, especialmente, perigosos para gatos, podendo levar a insuficiência renal grave;
  • Mamona (Ricinus communis): todas as partes da planta são tóxicas e as sementes são particularmente perigosas, podendo causar problemas gastrointestinais e até a morte;
  • Coroa-de-Cristo (Euphorbia milii): sua seiva leitosa pode causar irritação na pele e mucosas, além de possuir espinhos que podem ferir os animais;
  • Jiboia (Epipremnum pinnatum): todas as partes são tóxicas, causando irritação na boca, vômito e dificuldade para engolir;
  • Hortênsia (Hydrangea macrophylla): pode provocar vômitos, diarreia e, em casos mais graves, convulsões;
  • Bico-de-papagaio (Euphorbia pulcherrima): a seiva leitosa pode causar irritação na pele e mucosas.

Logo, para prevenir eventuais acidentes, o ideal é manter as plantas fora do alcance dos animais, colocando-as em locais altos ou usando barreiras físicas. Em casas e apartamentos, o tutor deve oferecer atividades físicas e brinquedos para distrair o animal, evitando que ele se interesse pelas plantas.

O que fazer em casos de acidentes?

A médica-veterinária afirma que é importante que os tutores saibam como agir em caso de emergência e reconhecer os sintomas de intoxicação é o primeiro passo para um atendimento rápido.

“Vômito, diarreia, salivação excessiva, apatia, fraqueza, dificuldade respiratória, tremores ou convulsões são alguns dos sintomas. Mas também é importante observar a falta de apetite, dor abdominal, alterações cardíacas, ataxia (falta de coordenação), e em casos mais graves, paralisia, convulsões e até o coma”, explica a especialista.

O diagnóstico de intoxicação por plantas raramente pode ser feito apenas pelos sinais. Catia explica que “é importante procurar atendimento médico veterinário imediatamente e levar uma amostra ou foto da planta ingerida ou das plantas da casa, se possível, para ajudar o veterinário a identificar o tipo de intoxicação e o tratamento adequado”.

Além disso, em caso de suspeita de envenenamento, deve-se seguir estes passos: :

  1. Mantenha a calma e remova o animal da área: isso evita que ele entre em contato com mais substâncias tóxicas;
  2. Não provoque o vômito: salvo orientação veterinária, induzir o vômito pode causar mais danos, especialmente se o veneno for corrosivo;
  3. Não ofereça água ou alimentos: a ingestão de líquidos ou alimentos pode atrapalhar o tratamento;
  4. Observe o animal e tente identificar o veneno: leve uma amostra ou foto da planta junto com o animal ao veterinário;
  5. Procure atendimento veterinário imediatamente: leve o animal a uma clínica ou pronto-socorro veterinário o mais rápido possível.

“A intoxicação por plantas pode variar de leve a grave e algumas plantas podem deixar sequelas permanentes ou ser fatais. Na Medicina Humana há relatos frequentes de pediatras sobre a intoxicação em crianças (especialmente na primeira infância) e os animais de companhia estão, de maneira geral, expostos às mesmas substâncias tóxicas que os filhos dentro de um lar”, conclui Catia.

Fonte: Equipe Cães&Gatos.

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