“…nefasto monopólio da informação e do comercio manipulados pelos algoritmos das principais bigtecs…”
O advento da internet trouxe enormes benefícios à comunicação pessoal e corporativa em escala mundial e, como bônus, incluiu a parcela do povo interessado apenas em fazer contatos, o que transformou as plataformas e aplicativos de interação em grandes redes de comunicação de massa.
A acelerada inclusão às mídias digitais causou mudanças radicais nas formas de comunicação ao substituir os profissionais e os veículos tradicionais da área e iniciar o maior processo da história da humanidade de massificação da informação e, consequentemente, também da desinformação.
A simplificação e a diversificação dos sistemas, inicialmente complexos, permitem agregar mais grupos etários, sociais e econômicos às redes de comunicação, às plataformas e aos aplicativos, transformando a internet, junto a suas variantes, no principal sistema de integração do chamado mundo globalizado.
Passados quatro décadas de rápida evolução, as redes virtuais de comunicação são dominantes e ocupam todos os espaços antes reservados a outras plataformas, criando assim o grande e nefasto monopólio da informação e do comercio manipulados pelos algoritmos das principais bigtecs, como Amazon, Apple, Alphabet (Google), Microsoft e Meta Platform.
Os grandes sistemas multinacionais, com sedes nos EUA, detêm poder avassalador sobre a informação, a opinião, o pensamento, os usos e costumes, o comércio, as finanças, a publicidade e até os dados pessoais e corporativos de indivíduos, empresas e instituições públicas e privadas.
Com alcance inimaginável pelos segredos guardados, controlam movimentos sociais e ideológicos, influenciam políticas públicas, impõem e direcionam o consumo e detêm informações pessoais, familiares e até íntimas de todos os usuários das redes ilimitadas.
A grande criação do mundo moderno, que surgiu como redenção final do isolamento social, está se transformando em monstro cooptador e controlador das mentes humanas que se submetem voluntariamente aos caprichos e orientações interesseiras e planejadas dos algoritmos que as induzem permanentemente ao bem e ao mal.
Com as redes sociais cada vez mais antissociais e dominadoras, o mundo é controlado pelos perigosos mecenas do poder econômico que interferem nas vontades, na privacidade, no humor, na opinião, nas ideologias e na vida pessoal de indivíduos transformados em números de IP – Protocolo de Internet.
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