O vereador de Matinhos, no litoral do Paraná, José Fernando de Lima foi preso na manhã desta terça-feira (4), em uma operação da Polícia Civil contra integrantes de uma quadrilha suspeita de aplicar golpes na venda de imóveis. Os mandados foram cumpridos em Matinhos, Guaratuba e Paranaguá.
Até a publicação desta reportagem, três pessoas haviam sido presas, entre elas o vereador. Outros nove também foram alvos da operação, mas não foram detidos e são considerados foragidos, segundo a polícia.
Essa é a segunda fase da operação “Terra Prometida”, a primeira foi deflagrada em março deste ano.
Os suspeitos devem responder pelos crimes de estelionato, associação criminosa, lavagem de dinheiro e loteamento irregular.
Cerca de 20 policiais civis participaram da operação. O balanço final será divulgado durante à tarde desta terça, segundo a polícia.
O golpe
Para aplicar o golpe, segundo a polícia, os suspeitos usavam documentos falsos para enganar vítimas e conseguir as vendas.
O grupo lavrava escrituras públicas de compra e venda dos imóveis fraudulentos no cartório de Mandirituba, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), onde, ainda conforme as investigações, o tabelião participava dos golpes.
Investigação
A quadrilha era comandada por Luisa Zaza Fernandes da Conceição, de 48 anos, presa na primeira fase da operação. Na ocasião também foram presos o companheiro de Zaza, um tabelião, uma escrevente juramentada e um corretor de imóveis.
De acordo com a Polícia Civil, eles criaram um anúncio em um site de compra e venda da internet para atrair as vítimas.
Conforme a polícia, as vítimas notaram que tinham sido vítimas de um golpe quando pesquisaram os registros públicos do imóvel e perceberam que ele era de propriedade de uma construtora que tinha sido objeto de execução judicial e estava, agora, registrado como propriedade da União.
As vítimas informaram a polícia que questionaram aos suspeitos a ausência de documentos que comprovassem a propriedade do imóvel, mas Zaza e Sérgio afirmaram que iriam apresentar as escrituras futuramente.
As investigações da polícia apontam que o imóvel havia sido anunciado por R$80 mil e as vítimas chegaram a pagar R$ 5 mil de sinal e mais R$ 25 mil para reservar o imóvel.
fonte: G1