O jovem Eliseu Rodrigues Ortiz Júnior, o Juninho Ortiz, de 24 anos, está apresentando melhora no quadro de saúde depois de ter sido violentamente agredido no Centro Cultural de Palmital na madrugada do último sábado (13/07). Ele foi resgatado até o Pronto-Socorro de Palmital com quadro de traumatismo craniano e encaminhado ao Hospital Regional de Assis, onde ainda permanece internado.
A mãe de Juninho, Lucimara Scala Ortiz, informou ao JC nesta sexta-feira (19/07) que o filho teve considerável recuperação, apesar de ainda apresentar fortes dores de cabaça, e relatou o desaparecimento de dinheiro e pertences durante o crime, que já foi relatado à Polícia Civil.
“O Juninho esta melhor de aparência. Mas está sofrendo muito com crises de dor de cabeça ontem (quarta) e hoje (quinta). Não comeu nada nem tomou chá… mal tomou agua com seus medicamentos e está difícil de suportar tanta dor de cabeça. O Tramal com soro que toma está fazendo efeito só por 3 ou 4 horas, infelizmente”, contou.
A mãe também lamentou que o tratamento está afetando o estilo de vida do jovem. “Estou em pedaços porque ele não tomava nenhum remédio nem pra dor de cabeça. Pra nada. É naturalista e sempre um bom chá resolvia tudo pra ele. Agora, toma todos remédios por conta da dor. Muito triste tudo isso. Estamos aprendendo a lidar com a situação porque é preciso. Tudo para que amenize a dor sem reclamar”.
A mãe afirmou que a situação de violência a qual foi submetido causou grande abalo ao jovem. “Fora o psicológico dele, além da depressão que já vinha sofrendo por alguns anos, agora tem mais a dor e as lembranças do ocorrido que ficam na memória. Às vezes, pego ele pensando e balançando a cabeça. Tipo sem entender o porquê disso tudo”, completou.
Lucimara relatou que o filho perguntou, por meio de mensagem escrita, sobre o paradeiro de duas bolsas que ele portava no momento da agressão. Uma, da cor vermelha, tinha livros e um envelope azul com cerca de R$ 1.600,00 em dinheiro. Outra, que era bege e tinha a marca Louis Vuitton escrita em vermelho, continha documentos pessoais e cartões bancários, além das chaves de sua casa.
“Eu disse que não estava no hospital e que tinha perguntado lá. E perguntei ao pessoal do Samu, que também não encontrou nada com ele. Então respondi: filho, além de tudo, te roubaram! Hoje informei à polícia, que está apurado os fatos”, disse a mãe. Lucimara disse ao JC na manhã desta sexta-feira (19/07) que o filho já apresentava melhores e que aguarda o completo esclarecimento do caso por parte das autoridades policiais.
O delegado Giovani Bertinatti, que investiga o caso, disse que já tem suspeitos identificados e aguarda os documentos médicos para avaliar a gravidade das lesões. Com isto, ele busca confirmar a autoria e também esclarecer as motivações que levaram ao crime.
CASO – As agressões, conforme apurado pelo JC, ocorreram na Praça Liliana Bergamaschi, ao lado da Concha Acústica do Centro Cultural Antônio Sylvio da Cunha Bueno. O local é ponto de encontro de jovens durante as noites e há relatos de pessoas sobre uma briga que teria ocorrido durante a madrugada.
Juninho foi visto pela manhã do último sábado na calçada do outro lado da Rua Manoel Leão Rego, nas proximidades de um abrigo de ponto de ônibus. Ele estava de joelhos, inerte e com o rosto desfigurado devido às agressões, que impediam seu reconhecimento.
Pessoas que passavam pelo Jardim das Flores na manhã de sábado acionaram a Polícia Militar e o Samu por volta das 8 horas, quando o jovem foi socorrido até o Pronto-Socorro da Santa Casa de Misericórdia e depois transferido ao Hospital Regional de Assis com quadro de traumatismo craniano.