O casal encontrado morto em um motel de Mogi das Cruzes na segunda-feira (11/02) havia se divorciado há quase dois meses. O Diário Oficial da Justiça trouxe na publicação de 19 de dezembro a decisão do processo que Alene Roberta Fernandes Ferreira da Silva, de 25 anos, ingressou pedindo o fim da união com Anderson Fernandes Ferreira da Silva, de 30 anos.
Os dois foram encontrados mortos em um motel às margens da Rodovia Mogi-Dutra (SP 098), no bairro Jardim Aracy. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), Anderson matou a mulher e depois se matou.
Os funcionários do motel ouviram disparos ainda durante a noite de domingo, quando o casal chegou ao motel. Um encarregado caminhou pelo local, mas não encontrou nada anormal. Apenas no dia seguinte, como o casal não saiu, funcionários viram pela janela que os corpos estavam na cama e no chão.
Foi então que a Polícia Civil foi chamada. Os policiais encontraram a mulher caída em uma cama com ferimentos e o home estava no chão, junto a uma pistola calibre 380.
Em 2017, a vítima chegou a entrar com um pedido de medida protetiva contra o ex-companheiro. Porém, o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP) não divulgou se o documento foi concedido a ela ou se ainda estava em validade, porque o processo corre em segredo de justiça. No entanto, segundo a Polícia Civil, a medida estava em vigência.
Ainda segundo a polícia, o casal deixa dois filhos, um de um ano e meio e o outro de três.
A ESTADIA
Funcionários disseram à polícia que o casal chegou às 22h19, de domingo. De acordo com o relato, Alene estava dirigindo e sorridente. Por volta de 22h25, foi feito um pedido de lanche.
Uma funcionária disse que ouviu três disparos entre 22h55 e 23h55, mas afirmou que o motel fica em um bairro populoso, o Jardim Aracy, onde já havia ouvido disparos antes. Ela chamou um encarregado, que circulou pelo estabelecimento e não encontrou nada.
O casal deveria sair do quarto até 10h19, de segunda-feira (10). Os funcionários, então, foram até o quarto e encontraram os dois caídos.
O caso foi registrado como homicídio e induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou a praticar automutilação pelo 3º Distrito Policial de Mogi das Cruzes. O veículo utilizado por eles foi apreendido para perícia.
Fonte: G1
