O projeto Centenário de Palmital, do JORNAL DA COMARCA, que inclui a produção do Livro do Centenário, de autoria do jornalista Cláudio Pissolito, já registrou a adesão de mais de 50 famílias financiadoras da produção literária. O Livro do Centenário de Palmital, que será editado com material de elevada qualidade, incluindo formato diferenciado em capa dura, tratamento de imagens em laboratório especializado e miolo com páginas em papel couché fosco, está sendo produzido a partir de um longo trabalho de pesquisa e aproveitamento do acervo dos principais veículos de comunicação que circularam na cidade desde antes da emancipação político-administrativa, como o jornal “O Palmital”, que iniciou atividades em 1918.
Além do rico material já coletado, o autor tem como alvos de pesquisa o Centro de Documentação da Unesp, de Assis, os acervos fotográficos e documentais do Centro Cultural de Palmital e também da Prefeitura e da Câmara Municipal. Outra fonte importante de informação é o acervo do próprio JORNAL DA COMARCA, que com 25 anos de circulação registrou os fatos correspondes a ¼ do principal período abrangido pela obra em produção, e que também publicou grande quantidade de reportagens investigativas, históricas, documentais e testemunhais. Além do jornal O Palmital, com dois períodos de circulação, seguido do Palmital-Jornal, do Jornal de Palmital e da Folha de Palmital, obras literárias e acadêmicas também estão sendo consultadas para garantir a informação mais completa e confiável.
Cláudio Pissolito explicou que a produção de uma obra independente, com financiamento particular, garante mais liberdade e confiabilidade ao trabalho autoral. “As famílias consideradas pioneiras ou representativas em atividades econômicas, sociais, agrícolas, industriais, empresariais ou religiosas são as financiadoras da obra de custo elevado e terão suas histórias incluídas”, explicou. Entretanto, outras famílias igualmente pioneiras ou representativas, mas sem possibilidade de participar como financiadoras, também terão espaços semelhantes para garantir a pluralidade e a riqueza da história da cidade.
Segundo Pissolito, foi feita uma seleção preliminar de famílias e, a partir do início do trabalho, os responsáveis pelas entrevistas e coleta de fotos e documentos, os jornalistas Maria Silvia Gomes e Toni Israel, que não são de Palmital, ampliaram o número de famílias a partir das informações coletadas e das conexões existentes entre elas. “De antemão já é possível perceber que a população de Palmital é formada por uma grande família com inúmeros sobrenomes que se entrelaçam em vínculos consanguíneos, sociais, empresariais e de convivência”, antecipou o autor.
COMO PARTICIPAR DO LIVRO
Para participar do Livro do Centenário como família patrocinadora, desde que cumpra os requisitos básicos, basta entrar em contato com o JC. Entretanto, quem fornecer materiais históricos, fotos ou documentos que possam ser aproveitados também serão inseridos. “Todos que estão fornecendo materiais e informações precisas para a produção serão citados na obra”, salientou o jornalista. Segundo Pissolito, entrevistas com pessoas que escreveram e testemunharam grandes períodos da história de Palmital também formam o conteúdo rico em informações e detalhes desconhecidos de grande parte da população. Como exemplo, ele citou o aprofundamento da conexão existente entre a escritora Cora Coralina e a cidade de Palmital, o detalhamento do processo judicial da Fazenda Palmital e a história da maior chacina política do Estado de São Paulo, quando em 1922 morreram sete pessoas assassinadas no centro da cidade. “Haverá um capítulo inteiro dedicado às grandes reportagens, em linguagem mais direta, com mais de uma dezena de acontecimentos importantes que marcaram a história de Palmital, do Estado e até a do País”, salientou.
Famílias falam da importância de participar do Livro do Centenário
Angelo Valter Breganó (das famílias Breganó e Barros)
“Me sinto honrado em poder contribuir com a memória de Palmital podendo homenagear minhas famílias, pois foi das mãos desses baluartes junto a tantos outros pioneiros que aqui fincaram suas raízes e a transformaram nesta acolhedora cidade”.
Bruno Garcia Moreira, (das famílias Garcia e Moreira da Silva)
“Sobre esse livro comemorativo dos 100 anos de Palmital, quero primeiramente parabenizar o JC, pois história é sempre bom relembrar e contar um pouco dos nossos antepassados. É também uma forma de homenagear essas pessoas desbravadoras, de espírito aventureiro que estão em nossas raízes. Sinto-me muito honrado por pertencer a essas famílias e minha família está muito feliz em contar um pouco sobre os nossos antepassados. A família é tudo que temos e valorizá-la faz de nós também um pouco especiais. Parabéns a todas as famílias de Palmital”.
Célia Regina Zancheta Pyles, das famílias Zancheta, Holmo e Pyles
“A obra é a perpetuação da história da vida dos nossos antepassados e nossa para as próximas gerações”.
Carlos Henrique Pyles, da família Pyles
“É a perpetuação da história das famílias dos imigrantes que vieram além fronteira na época. Das famílias que resolveram enfrentar as dificuldades numa terra além da civilização”.
Claudir Fadel
“Não basta colocar o nosso nome na história, é preciso registrar esses fatos para que as futuras gerações possam saber o que aconteceu e como nossas famílias participaram dessa história. É preservar a história e a manter vivo o nome da nossa família. Estamos marcando o que fizemos nesses últimos 100 anos”.
Guiomar Orlandi
“Fico muito feliz e particularmente honrada com essa participação, pois acredito que minha família ajudou a construir Palmital”.
José Affonso Leão Gil, da família Gil
“Particularmente acho esse projeto de suma importância por ser uma obra sem cunho político ou comercial, que tem o objetivo de resgatar a memória dos pioneiros de Palmital que chegaram ao início do século passado e construíram o que hoje nós temos aqui”.
Maria Cecília Terçariol Breganó
“Parabéns pela iniciativa de produzir o Livro do Centenário, pois através dele podemos exaltar os pioneiros que aqui vieram e trabalharam incansavelmente pela construção da cidade. Sinto-me orgulhosa em poder exaltar minha família que sempre acreditou e amou nossa querida Palmital”.
Nilce Rocha
“Para nós é importante estar entre os que terão sua memória preservada por ter sido uma das pioneiras de Palmital e por ter colaborado com o desenvolvimento do município durante toda a sua história. Sempre valorizamos a história e a memória dos Rocha, tradição mantida atualmente e que é passada de geração para geração”.
Suely Sulamita Haddad Franco
Citou o poeta Pablo Milanes para falar sobre o Livro do Centenário: “a história é um carro alegre, cheia de um povo contente, que atropela indiferente todo aquele que a negue”.