Decreto do papa Francisco demite padre envolvido em polêmica em Marília

A Diocese de Marília divulgou nesta terça-feira a circular 12/2020 com a informação de que foi cumprido um decreto do papa Francisco, de 28 de maio, para a demissão do padre Clécio Ribeiro, afastado de funções em paróquias desde 2015.

A circular, assinada pelo bispo diocesano Dom Luiz Antonio Cipolini, explica que a demissão foi emitida diretamente pelo papa de forma “suprema e inapelável decisão, não sujeita a qualquer recurso”.

“O Romano Pontífice, por meio da Congregação para a Doutrina da Fé, após examinar toda situação cuidadosamente, DECRETOU no dia 28 de maio de 2020 a demissão do estado clerical o presbítero Clécio Ribeiro, assim como a dispensa de todas as obrigações referentes à sagrada ordenação”, diz o texto.

O bispo explica que Clécio Ribeiro não pode exercer o “que é próprio do ministério consagrado” e também está dispensado das obrigações e direitos da função.

Clécio Ribeiro, ordenado em janeiro de 2000, era pároco da Catedral Basílica de São Bento até dezembro de 2015, quando foi afastado sem qualquer manifestação oficial sobre os motivos. Não há ainda dados da acusação oficial, mas manifstações de fiéis na época do afastamento apontam problemas de conduta pessoal proibida pelo direito canônico.

Uma nota oficial da Diocese na época diz que ele foi transferido para atuação junto à Cúria, sem atividades públicas para tratar de “assuntos particulares”.

A circular desta terça-feira informa que após seu afastamento “por denúncias graves” o caso foi remetido à Congregação no Vaticano e tratado sob sigilo previsto no Direito Canônico.

“Durante este tempo, a Diocese de Marília rezou pelo referido sacerdote, cuidou de sua manutenção material e manteve a devida descrição” diz o texto.

A circular cita ainda o documento do Vaticano para orientar ao agora ex-padre que “participe da vida do povo de Deus em sua nova condição de vida e que seja motivo de edificação, mostrando-se um filho exemplar da Igreja”.

Apesar de o decreto ter sido emitido em maio, a divulgação envolveu prazo de chegada da correspondência, tradução do latim e notificação pessoal ao padre antes da comunicação pública.

O bispo pede ainda que todos rezem por ele e para que “as eventuais feridas causadas em si mesmo e nos membros da Igreja sejam curadas pela misericórdia e pelo amor de nosso salvador, Nosso Senhor Jesus Cristo”.

 

Fonte: Giro Marília Notícias

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