Preso revela em reconstituição que usou nota de R$ 2 para atear fogo no corpo de trans

O marido da dona de uma pensão para trans e travestis em Sorocaba (SP), que foi preso pela morte da trans Vick Santos, de 22 anos, deu detalhes sobre o crime durante a reconstituição do assassinato da vítima, em Itu (SP).

 

Douglas José Gonçalves confessou o crime e a esposa dele, Natasha Oliveira, também foi presa pelo homicídio. Na quarta-feira (08/09), a Polícia Civil e a perícia fizeram o procedimento em dois locais.

 

O primeiro foi em uma chácara, na zona norte de Sorocaba, onde também funcionava um terreiro. Douglas, que também é pai de santo, afirmou que a matou no local durante uma briga. Ele alegou à polícia que, na ocasião, se deparou com a trans na porta da chácara do casal e Vick teria o ameaçado. Uma desavença por dívidas teria sido a causa da discussão.

 

Douglas afirmou também que conseguiu enrolar um lençol no pescoço de Vick utilizando uma técnica de artes marciais. Horas depois, foi até uma pousada onde estava Natasha e contou sobre a versão.

 

Segundo apurado pelo G1, Natasha gerenciava mulheres trans e travestis e mantinha uma casa em um bairro nobre, onde Vick também foi moradora. Na ocasião, conforme o relato dele, os dois voltaram à chácara. O corpo da trans foi colocado no carro e deixado na área rural de Itu. Em seguida, foi ateado fogo com a intenção de despistar a investigação.

 

Rodeado de policiais e peritos, Douglas abriu o porta-malas e usou uma garrafa e um papel para simular a sequência do assassinato. Em determinado momento, ele revelou que os dois passaram em um posto de combustíveis e que usou gasolina e uma nota de R$ 2 para atear fogo ao corpo.

 

A vítima foi encontrada carbonizada no dia 28 de maio, em uma estada. O laudo do Instituto Médico Legal (IML) apontou que a vítima também foi estrangulada. Ao G1 o advogado do casal afirmou que em relação ao Douglas trata-se de legítima defesa ou homicídio culposo, quando não há intenção de matar.

 

Sobre Natasha, o advogado Michel Borges Michelini sustenta que ela não participou do homicídio. O carro usado no crime foi apreendido e passou por perícia para identificar a existência de sangue. O caso corre sob sigilo.

 

O CRIME

No dia do encontro do corpo, a Polícia Militar informou que não foi possível identificar se era de um homem ou mulher. Após investigação, um motorista de 41 anos também foi preso no dia 18 de junho suspeito de participação no crime. De acordo com o boletim, na ocasião da prisão, o homem foi visto pela Avenida Itavuvu, em Sorocaba, onde acabou sendo abordado pelos policiais.

 

O suspeito tentou correr da polícia, resistindo à prisão. Em seguida, foi levado à UPA 9 de Julho e encaminhado à delegacia. Indagado, o homem negou envolvimento no crime. Ele permanecerá preso até o fim da investigação.

Fonte: G1

Compartilhe
Facebook
WhatsApp
X
Email

destaques da edição impressa

colunistas

Cláudio Pissolito

Don`t copy text!

Entrar

Cadastrar

Redefinir senha

Digite o seu nome de usuário ou endereço de e-mail, você receberá um link para criar uma nova senha por e-mail.