MP e Polícia Civil abriram inquéritos para apurar denúncias em instituição que acolhe crianças em situação de vulnerabilidade social. Entidade afastou diretora e equipe de funcionários.
O Ministério Público (MP) e a Polícia Civil de Ourinhos (SP) abriram inquéritos para apurar supostos maus-tratos na Casa Arco-Íris, instituição que acolhe crianças em situação de vulnerabilidade social.
Segundo o MP, as suspeitas surgiram depois que um menino de 10 anos foi atendido na UPA da cidade com a suspeita de ter tentado se matar.
A partir do depoimento dele, o MP constatou que outros fatos parecidos seriam recorrentes no local. Ainda de acordo com os procuradores, alguns casos podem até caracterizar crime de tortura e cárcere privado, caso as denúncias sejam comprovadas.
Por se tratar de vítimas menores de idade, o Conselho Tutelar acompanha a investigação e o caso está sob sigilo.
O MP recomendou à prefeitura a rescisão do termo de colaboração com o Grupo de Incentivo e Apoio à Adoção de Ourinhos (Giaaro) e que o município retomasse o atendimento.
A entidade responsável pelo serviço de acolhimento já afastou uma das diretoras e a equipe de funcionários que atua na casa.
A responsável pela casa abrigo Arco-Íris disse por telefone à reportagem da TV TEM apenas que foi notificada pelo Ministério Público.
Já a prefeitura de Ourinhos afirmou que não mantém vínculo administrativo com o Giaaro, entidade que administra a Casa Arco-Íris desde 2004, mas que apenas faz o repasse de recursos financeiros para a prestação do serviço.
Disse ainda ter recebido a recomendação do Ministério Público para interromper o repasse ao grupo e escolher uma nova gestão para o abrigo em até 30 dias. Além disso, a prefeitura informou que enviou essa recomendação à Procuradoria do município e que aguarda um parecer para tomar as devidas providências.
FONTE: G1