Quase em unanimidade, no Brasil e no mundo os políticos são muito avessos à informação e, principalmente, à liberdade de expressão e de imprensa. Em público, defendem os veículos de comunicação como fundamentais para a democracia, como de fato são, mas nos bastidores tudo fazem para ter controle sobre as notícias e, se possível, limitar a liberdade de manifestação do pensamento. Para a grande maioria dos políticos, a imprensa deve ser isenta e autônoma, desde que não veiculem informações que lhes sejam desfavoráveis, pois abominam a exposição pública de suas falhas e desacertos.
Quando mais enrolado, comprometido ou envolvido em histórias e esquemas duvidosos, maior é a restrição do político em relação aos veículos de comunicação. Não por acaso, em quase todas as campanhas eleitorais muitos candidatos preferem atacar a imprensa do que os próprios adversários, pois sabem que com seus iguais é sempre possível a composição, o acordo ou uma negociata que possa levar as brigas e desavenças para uma mesa de pizza, já que a desarmonia entre políticos termina exatamente onde começam as conveniências e os interesses comuns.
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