Depois de muitas emoções, o advogado Márcio Luís quer um pouco de calma. Candidato do MDB à Prefeitura de Porangatu, no norte de Goiás, ele chegou a fazer uma carreata, acreditando que havia vencido as eleições.
Mas pouco depois, foi informado da derrota por apenas 45 votos. Entre o erro por causa da “euforia” de um possível resultado positivo e a “chateação” após os números reais, ele agora quer retomar sua rotina e focar na família e na carreira.
Foi a primeira eleição de Márcio, que tem 40 anos. Ele, que chegou a fazer ironizar a própria postura nas redes sociais – dizendo ter “contado com a vitória antes da hora” – adotou um tom mais sério, embora bastante sereno, em entrevista ao G1.
O advogado, que perdeu a eleição para Vanuza Valadares (Podemos), afirmou que só foi às ruas se autoproclamando vencedor porque tinha vários indícios disso e que só soube do resultado oficial horas depois, quando estava indo dormir.
“[Tem que] respeitar a vontade das urnas e dizer que não foi um erro proposital. O anúncio oficial dos resultados levou um tempo acima do esperados e os nossos boletins confirmavam a vitória. De maneira afoita [fomos para a rua], realmente foi um erro nosso”, afirma.
“Já estava em casa, preparando para deitar. Foi um dia muito intenso. Aí eu recebi uma ligação do advogado da coligação informando [do resultado] umas 21h30. Minha primeira preocupação foi informar o nosso povo, que tem direito de saber o que estava acontecendo e parabenizar a candidata eleita”, completa.
EUFORIA E CHATEAÇÃO
Márcio relatou que, no domingo (15), já tinha o “falso” resultado de que tinha ganhado desde às 18h30. Chegou a esperar por algumas horas, mas depois, como ele mesmo diz, “não deu para segurar porque a euforia estava grande demais”.
Depois da carreata e do baque com a informação de que não tinha vencido, ele garante que ficou chateado, mas diz que enfrentou tudo com naturalidade.
“Sou muito tranquilo, tento enfrentar tudo com muita naturalidade. A partir do momento que você coloca seu nome à disposição de uma eleição, você está sujeito a ganhar ou a perder. Encarei com chateação, que é normal do ser humano, mas com respeito. Surpreso de fato nós ficamos porque havia sensação de que nós havíamos ganho. Mas sempre mantendo a serenidade”, destaca.
A partir de agora, ele diz que vai voltar à vida normal, focando na família, priorizando o tempo com a mulher e as duas filhas pequenas para compensar o “desgaste” e a distância durante a campanha, além de retomar a rotina em seu escritório de advocacia.
Questionado se pretende, futuramente, voltar a disputar uma eleição, ele despista: “Não tenho uma opinião formada sobre isso”.
Fonte: G1