“Sem saber se o candidato está apto ou não, o eleitor vota no escuro.”
O grande número de candidatos a prefeito e a vereador nas eleições municipais de 2020 denunciados por irregularidades, seja por improbidade, crimes ou contas rejeitadas, mostra a atividade política cada vez mais comprometida e a justiça sempre atrasada. O simples fato de não haver impugnação imediata dos inelegíveis, pois parece que sequer existe jurisprudência para que as decisões sejam tomadas de pronto, a demora causa confusão que afeta o princípio básico da democracia, que é o direito à livre escolha. Sem saber se o candidato está apto ou não, o eleitor vota no escuro.
Apenas nos quatro municípios da Comarca são dezenas de políticos com pendências judiciais, mas sem saber se podem ou não concorrer, já que o registro é liberado para todos e fica pendente para julgamento posterior. Em Palmital, por exemplo, os ex-prefeitos Ismênia e Nardão sequer cogitaram candidatura, cabendo ao filho da primeira e a esposa do segundo a composição da chapa que acabou vitoriosa. Em Platina, o ex-prefeito Manoel Possidônio, com três contas rejeitadas na Câmara Municipal lançou-se candidato, seu nome foi para a urna, perdeu a eleição e ainda não houve definição de sua situação.
Leia a coluna completa na versão impressa do JC.