Sobrevivente de acidente que deixou 42 mortos recebe alta de hospital

Dos três passageiros internados que foram resgatados do ônibus envolvido em acidente com um caminhão, que deixou 42 pessoas mortas em Taguaí (SP), um teve alta hospitalar. A paciente é uma mulher que estava na Santa Casa de Avaré (SP) havia mais de 10 dias e recebeu alta no fim de semana.

Outro paciente internado na unidade deixou a UTI e foi transferido para a enfermaria do hospital nesta terça-feira (8). O terceiro passageiro do ônibus internado segue na UTI do Hospital da Unesp, em Botucatu (SP).

Segundo a polícia, motorista de caminhão tentou desviar, jogando veículo para área de campo aberto, em Taguaí (SP) — Foto: Arte-G1

As três vítimas fazem parte do grupo de passageiros que saía diariamente de Itaí, onde moram, para trabalhar na empresa Stattus Jeans Indústria e Comércio, em Taguaí.

Na manhã de 25 de novembro, por volta das 7h, o ônibus da empresa Star Viagem e Turismo, que levava cerca de 50 trabalhadores da empresa de confecção, invadiu a pista contrária e bateu de frente com um caminhão na Rodovia Alfredo de Oliveira Carvalho. A polícia investiga a causa do acidente.

Após a colisão, o caminhão do tipo bitrem (com capacidade maior de carga), que carregava esterco, invadiu uma propriedade rural. O motorista do veículo chegou a ser levado ao pronto-socorro de Fartura, mas morreu na unidade.

Resumo

  • Um ônibus e um caminhão colidiram em Taguaí (SP)
  • Acidente aconteceu por volta das 7h do dia 25 de novembro
  • O ônibus levava cerca de 50 trabalhadores de uma empresa têxtil
  • 42 pessoas morreram após a batida
  • A colisão ocorreu no km 172 da Rodovia Alfredo de Oliveira Carvalho
  • A empresa de ônibus Star Viagem e Turismo não tinha autorização para operar, segundo informações da Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp)

A companheira do caminhoneiro informou que ele não tinha habilitação para dirigir caminhão, tinha apenas habilitação provisória para carro e, por isso, levava outro caminhoneiro junto nas viagens.

Caminhão ficou destruído após colisão com ônibus em Taguaí (SP) — Foto: Minuto do Amorim/Divulgação

A maioria das 42 vítimas foi velada em ginásios de Itaí. As prefeituras de Taguaí e Itaí decretaram luto oficial por três dias.

A Rodovia Alfredo de Oliveira Carvalho é pista simples, não tem pedágios e não são comuns acidentes parecidos no local, segundo a Polícia Militar Rodoviária de Itapeva.

De acordo com o tenente Alexandre Guedes, porta-voz da PM, foi o maior acidente do ano nas rodovias do estado de São Paulo.

Investigação

O MPT entrou com uma representação contra a empresa Stattus Jeans Indústria e Comércio Ltda, onde as vítimas de Itaí trabalhavam, e a Star Fretamento e Locação Eireli – EPP, dona do ônibus envolvido no acidente.

O MPT quer saber sobre a responsabilidade das empresas no acidente. Além desta investigação do MPT, a Polícia Civil instaurou um inquérito para saber a causa da colisão, que ainda não foi esclarecida.

Camila Rosa Alves, delegada titular da Polícia Civil de Taquarituba (SP), é responsável pela investigação. Ela informou que a polícia tem duas linhas de investigação: falha nos freios ou tentativa de ultrapassagem em local proibido. Uma perícia foi realizada no local do acidente com um equipamento de tecnologia 3D.

A polícia também apura sobre a possível responsabilidade das fábricas de Taguaí no transporte dos funcionários.

Hipótese de falha nos freios

Acidente entre ônibus e caminhão deixou dezenas de mortos em rodovia de Taguaí (SP) — Foto: Reprodução/TV TEM

O motorista do ônibus se apresentou à Polícia Civil no dia 27 de novembro e relatou que invadiu a contramão da via para não atingir o veículo que estava mais lento à frente. Disse que não conseguiu evitar a batida e também sobre falha no freio do ônibus.

Os donos da empresa de ônibus, acompanhados de um advogado, também se apresentaram à Polícia Civil de Taguaí.

O advogado Adail Oliveira contou que a confecção contratou o serviço de transporte; uma das funcionárias da empresa confirmou que o transporte dos funcionários era contratado pela empresa. Ao ser questionada, a empresa de jeans nega a versão e diz que o ônibus foi contratado pelos funcionários.

Fonte: G1

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