Ex-namorado confessa à polícia que divulgou nudes de jovem goiana por quase três anos

Polícia cumpriu mandado de busca e apreensão na casa do rapaz em São Paulo. Segundo delegado, investigado chegou a criar um site onde publicava o conteúdo.

O jovem investigado por divulgar, por quase três anos, nudes da ex-namorada goiana, de 18 anos, confessou à Polícia Civil, na segunda-feira (6), que cometeu o crime.

O depoimento foi dado após policiais cumprirem o mandado de busca e apreensão na casa dele, em Bauru, interior de São Paulo.

O nome do investigado não foi divulgado pela corporação. Portanto, o G1 não conseguiu localizar a defesa dele para que pudesse se posicionar sobre o caso. Em depoimento, segundo o delegado Arthur Fleury, responsável pelo caso, ele alegou ainda estar arrependido.

Os policiais apreenderam o computador e o celular do suspeito. Também foi cumprida uma medida cautelar, o proibindo de manter contato com a jovem, que mora em Guapó, na Região Metropolitana de Goiânia.

“O suspeito está sendo investigado pelo crime de revange porn [pornô de vingança] e divulgação e transmissão de imagens e vídeos de conteúdo pornográfico. Ele teve seus objetos apreendidos para sabermos se há mais vítimas”, disse o delegado.

Arthur Fleury suspeita que a divulgação de imagens começou porque a vítima quis terminar a relação. Conforme o delegado, o homem chegou a criar um site onde divulgava as fotos e vídeos da garota, além de publicá-los em páginas pornográficas.

“Eles tiveram um relacionado pela internet e, quando ela não quis dar continuidade, ele começou ameaçá-la para que ela mandasse mais vídeos íntimos e mais fotos. Ela acabou fazendo por medo. Até que ele começou a divulgar esse conteúdo”, conta o investigador.

Denúncia

Segundo o delegado, a polícia chegou até o suspeito depois que a atual sogra da vítima a incentivou a denunciar o caso.

“Durante o período que foi chantageada e exposta a vítima tentou até se matar. Por vergonha, ela não tinha procurada a polícia. Porém, acabou tendo o apoio de sua sogra e foi quando começamos a investigar o caso”, afirma.

Fonte: G1