Ibirarema confirma primeiro caso da variante Delta do Coronavírus na região

Reunião entre municípios na Regional de Saúde de Assis atestou a presença da cepa indiana

A mais preocupante das variantes da covid-19 já foi confirmada em Ibirarema, município mais próximo à Palmital e que pertence à mesma Comarca.

O Instituto Adolfo Lutz, que faz coletas por amostragens, enviou o exame para o Butantan, que confirmou o isolamento da variante do vírus, o que pode provocar uma nova onda da doença na região caso a população não tome os cuidados necessários e, principalmente, a segunda dose da vacina.

Ainda não há informações sobre a data da amostragem ou a situação do paciente de Ibirarema. “Isto significa que possivelmente esta variante esteja também em outras cidades”, admitiu a enfermeira Ana Carolina Mariano, coordenadora da Vigilância Epidemiológica do município.

A confirmação da variante foi anunciada numa reunião entre representantes do setor de Saúde na Regional de Assis, integrada por 25 municípios da região.

O tema era a cobertura vacinal da segunda dose, já que muitas cidades estão reclamando da baixa adesão da população. “Foi aí que surgiu o alerta, sobre o isolamento da variante Delta no município de Ibirarema”, disse Ana Carolina.

O “isolamento” é praticamente um sequenciamento genético do vírus, obtido por testes aleatórios de amostragens que são feitas em todas as cidades, mas não há outros casos confirmados da variante. “Porém, possivelmente este vírus já esteja circulando entre nós”, alertou a enfermeira.

A descoberta da variante chega no momento em que a pandemia dá sinais de arrefecimento em toda a região. Em Ourinhos, por exemplo, o prefeito Lucas Pocay (PSD) anunciou o fechamento do Hospital de Campanha, instalado no prédio alugado de um hotel desde o início da pandemia.

Em Palmital, o número de pacientes caiu drasticamente com o crescimento da vacinação, assim como as mortes, estacionadas há mais de mês em 74. Inclusive, a secretaria de saúde de Palmital já anunciou a desativação do Centro Covid na Santa Casa e a transferência do tratamento de doentes para postos de saúde.

Segundo a enfermeira Ana Carolina Mariano, a Delta preocupa porque, embora seja menos letal, é muito mais contagiosa.

Assim, num universo maior de contaminados, a letalidade passa a ser um fator muito mais preocupante. Ela explicou que, geralmente, quando uma variante é isolada, significa que este vírus já está circulando há dias ou semanas.

“Só não acontece quando o paciente vem de fora ou está em viagem. Porém, não temos esta informação sobre o caso em Ibirarema”, disse.

Como exemplo, ela contou que a variante P-1, descoberta em Santa Cruz do Rio Pardo, em março, através do óbito de uma paciente, os técnicos avaliaram o histórico da mulher. “Como ela não viajou, deduzimos que a variante já estava naquele município desde janeiro”, explicou.

Ana Carolina disse que a chegada da variante na região pode complicar a pandemia neste momento em que ela se mostra mais fraca. Carolina afirmou que a única arma da população é a vacina, que tem obtido um índice mais baixo de adesão em sua segunda dose.

“Todas as vacinas são eficazes contra as variantes. No entanto, se a população não continuar seguindo as recomendações sanitárias e se vacinando, os casos realmente podem voltar a crescer. Seria uma nova onda com previsões pessimistas”, afirmou.

Segundo especialistas, o índice de transmissão da variante Delta é equiparada à Varicela, conhecida como “catapora” e geralmente benigna, controlada no mundo através de vacinação.

Com informações do jornalista Sérgio Fleury Moraes, em matéria publicada no site DEBATENEWS.COM.BR

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