Idosa que tomou 3ª dose da vacina contra Covid diz à polícia que se vacinou com AstraZeneca para ir à Europa

Mulher que havia tomado as duas doses da CoronaVac em Santos (SP), onde mora, procurou um posto de saúde no interior de SP e recebeu dose da AstraZeneca. Idosa disse à polícia que fez isso porque viajaria à Europa, que está arrependida, e que pretende ressarcir o prejuízo causado ao estado.

A idosa de 74 anos que tomou a terceira dose de vacina contra a Covid prestou depoimento na delegacia de Pirajuí (SP) na segunda-feira (23). A mulher recebeu uma dose da vacina Oxford/AstraZeneca após ter sido imunizada com as duas doses da CoronaVac.

O caso é investigado desde o dia 25 de junho como suspeita de estelionato e, segundo o delegado responsável, César Ricardo do Nascimento, outras pessoas ainda serão ouvidas, entre elas os funcionários do posto de saúde onde a idosa foi vacinada.

Segundo as informações do inquérito, no dia 25 de maio, a mulher, que é moradora de Santos, no litoral paulista, mas com parentes em Pirajuí, procurou o Centro de Saúde no interior de SP e alegou que não tinha tomado nenhuma dose da vacina por medo.

Ela recebeu a dose do imunizante por volta das 10h30, mas quando a enfermeira foi lançar os dados, às 14h, descobriu que a idosa já tinha registro de vacinação com duas doses da CoronaVac.

No depoimento à polícia, a mulher disse que procurou o posto de saúde e informou que precisava tomar a vacina contra Covid-19, alegando às funcionárias que a atenderam naquela ocasião que não havia tomado ainda nenhuma dose.

Pouco depois de receber a dose da marca AstraZeneca, a idosa disse que recebeu um telefonema de funcionários do posto de saúde perguntando se ela já havia anteriormente tomado duas doses da CoronaVac.

Ela afirmou que havia tomado, mas decidiu tomar a dose da AstraZeneca porque pretendia viajar para Europa. Na época, a mulher disse que ficou sabendo que naquele continente não estavam aceitando as doses da farmacêutica chinesa, a CoronaVac.

Segundo o delegado, a idosa disse que estava arrependida e que possui interesse em ressarcir o prejuízo causado ao estado.

Outras providências

A polícia pediu também que a Prefeitura de Pirajuí apresente a enfermeira e outra servidora para prestarem depoimento, forneça relatório do sistema de saúde com as informações sobre as vacinas aplicadas na investigação com indicação de data, local, fabricante e lote.

Na época da abertura do inquérito, a prefeitura de Pirajuí informou que “a cidadã em questão, por ser uma pessoa que levava uma vida idônea, que inclusive trabalhou por anos na saúde, houve a confiança em não consultar antes da vacinação”.

Disse ainda que foi realizado o boletim de ocorrência de preservação de direitos pela enfermeira responsável da sala de vacina, pois a paciente mentiu sobre não ter tomado vacina anterior. Informou ainda que fez o comunicado do erro de administração, e a equipe recolheu o comprovante da vacinação na casa da idosa.

A prefeitura explicou ainda que todos que tomam a vacina passaram a ser consultados com uso de tablets para que esse tipo de conduta não ocorra mais e que tem atendido todos os pedidos da Polícia Civil.

Fonte: G1

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