Prefeitura iniciou na manhã de quinta-feira (21/04) as comemorações dos 102 anos de emancipação político-administrativa de Palmital. A programação festiva foi iniciada com uma cerimônia organizada pela Secretaria de Educação e Cultura na praça da Bandeira, com a presença de autoridades, dirigentes educacionais, professores, representantes de entidades e convidados, além de estudantes e um grande público.
O evento contou com a presença do prefeito Luis Gustavo Mendes Moraes, acompanhado da mãe, a ex-prefeita Ismênia Mendes Moraes, da vice Ana Elias Martins Elias da Silva, da secretária de Educação Márcia Descrove, do presidente da Câmara Municipal Fabiano dos Santos, de vereadores e integrantes da equipe de administração.
A celebração de aniversário foi iniciada com ato cívico de hasteamento das bandeiras feito por Luis Gustavo, Ana Elisa e Fabiano ao som do Hino Nacional entoado pelo Coral Municipal. Também houve a apresentação do Hino de Palmital. Em seguida, a professora Viviane Aranda Ortega de Moraes falou sobre a história do município. O padre Marcelo Barreto, da Paróquia de São Sebastião, comandou oração para fazer bênção e pedir graças para o município.
Fabiano dos Santos enfatizou o trabalho das instituições de Palmital e parabenizou todos os envolvidos na comemoração, além de colocar a Câmara Municipal à disposição de ações em prol da população. Ana Eliza enfatizou a celebração do aniversário e as iniciativas pelo desenvolvimento do município.
Luis Gustavo destacou a felicidade em realizar um trabalho em parceria com Ana Elisa e vereadores, lembrando da importante participação feminina na administração de Palmital em prol da população. O prefeito destacou as contribuições para o sucesso da programação, lembrando dos desafios que a pandemia impôs no ano passado e enfatizou que a cidade vive um momento diferente com a retomada dos eventos para comemorar o aniversário do município.
O prefeito destacou o bom trabalho da saúde no combate à pandemia e ações importantes em todos os setores de sua administração, citando as conquistas na Educação, a viabilização do polo da Univesp, a geração de mais de 550 empregos por meio da Central do Cidadão e os projetos de esporte e cultura. Luis Gustavo enfatizou ainda as iniciativas de melhorias em vicinais, as obras públicas e a instalação do Poupatempo como grandes conquistas para a população.
Depois dos pronunciamentos, houve apresentações de alunos de escolas administradas pela Prefeitura e do Coral Municipal, seguida de roda de capoeira com o grupo Abaetê. A programação foi encerrada com os grupos do projeto Guri de Palmital. A partir das 11 horas, foi aberto o Campeonato de Veteranos no campo da Secretaria de Esporte, no bairro Paraná. A disputa tem oito equipes e ocorre até o período da tarde.
SHOW – O show de aniversário está previsto para ocorrer à noite em um recinto fechado montado na praça Antônio Pedro Cobianchi, na área da Fepasa. A programação começa às 19h30 com a abertura dos portões para o público, que passará por revista da equipe de segurança e não poderá entrar com bebidas. A entrada é gratuita, mas há a venda de ingressos para área na frente do palco, com renda revertida à Santa Casa.
Conforme a programação divulgada pela Prefeitura, às 20 horas começa o som com o DJ Alex Nunes para o “esquenta” do público. Fernando e Sorocaba devem subir ao palco a partir das 22 horas. E a animação continuará até a madrugada com a apresentação do DJ Renatinho depois do show da dupla, que é um dos nomes de destaque do sertanejo nacional.




























HISTÓRIA DE PALMITAL
A história da fundação de Palmital se confunde com o desbravamento do sertão do Paranapanema, feito pelos mineiros no final do século XIX. A chamada Frente Pioneira foi utilizada para acelerar a ocupação sobre áreas indígenas, picadões e estradas, que facilitavam o escoamento de produtos do Vale do Paranapanema para a Vila de Botucatu.
A burocracia administrativa provincial constituía-se, inicialmente da “repartição de terras e colonização”. A política fundiária foi formulada para agilizar o funcionamento dos aldeamentos que visava a defesa da propriedade da terra. Com o cumprimento e execução da Lei de Terras, de 1850, e do Regulamento de 1854, colocaram em questão as relações entre proprietários de terras e posseiros. A região foi colonizada pelo desbravador José Theodoro de Souza, que se instalou em Campos Novos.
O processo de desenvolvimento de Palmital foi iniciado em 1886, quando João Batista de Oliveira Aranha, vindo de São Manoel em companhia dos filhos, instalou-se na Água dos Aranhas, a cerca de quatro quilômetros da cidade atual e passou a divulgar a fertilidade do solo, atraindo várias outras famílias que deram início ao desbravamento da região. Logo foi construído o primeiro Armazém e aberto o primeiro Hotel, surgindo ao redor destas construções um pequeno povoado que recebeu o nome de “Palmital”, devido a grande quantidade de Palmeiras existentes naquele tempo.
As terras ao redor do povoado pertenciam a Francisco Severino da Costa, que decidiu dividi-las em lotes proporcionando um rápido desenvolvimento. Uma capela foi construída em homenagem a São Sebastião e várias casas comerciais foram instaladas para abastecer aos agricultores que vinham atraídos pelo alto potencial de produção das terras localizadas no médio Vale Paranapanema.
Os trilhos da Estrada de Ferro Sorocabana alcançaram o povoado a partir de 1913, possibilitando a criação de um Posto Ferroviário onde hoje está localizada a Estação Ferroviária. Como sede de município autônomo com a emancipação política em 21 de abril de 1920, Palmital se tornou importante centro comercial, com aspecto de cidade pioneira numa região essencialmente agrícola. A cidade tinha na década de 20 a produção cafeeira muito maior do que Assis, que era uma das maiores concentrações urbanas da região.
Em 1942, a produção sofreu uma queda em decorrência do desgaste do solo e com as fortes geadas que causaram grandes prejuízos aos agricultores e comerciantes. A perda dos cafezais levou os agricultores a substituírem suas lavouras por outras culturas como mamona, milho, arroz, cana-de-açúcar e feijão. Apesar disso, até 1968 o café foi a base econômica do município, que logo após sofreu um processo de mecanização da agricultura para o plantio da soja, milho e trigo, gerando outras fontes de riqueza e desenvolvimento no meio urbano.
Em meados do século passado foram instalados alambiques que tornaram Palmital um dos principais fabricantes de aguardente de cana, incentivando a instalação de pequenas indústrias de móveis e de derivados da mandioca. Atualmente, a produção agrícola é predominantemente dividida entre duas culturas: a soja, nos meses de verão, e o milho safrinha, no inverno. Também há a presença de lavouras de cana-de-açúcar e de mandioca, que alimentam a agroindústria local.