Na publicação, Nicolas Henrique, de 10 anos, pontuou que ‘queria ganhar muito um frango para ele e para a avó’ e que ‘só tinha ovo para comer no Natal’. Presente especial, solicitado na véspera de Natal, no sábado (24), foi atendido por um doador anônimo, em Garça (SP).
Há quem peça brinquedos, outros optam por roupas e até viagens de presentes de Natal. Mas, em Garça (SP), uma criança de 10 anos foi às redes sociais para pedir um frango para o banquete da ceia, que seria feita ao lado da avó.
Na publicação, Nicolas Henrique pontuou que “queria ganhar muito um frango para ele e para a avó” e que “só tinha ovo para comer no Natal”. Ele contou ainda que os dois “vivem de reciclagem”.
O pedido, que foi atendido após uma doação anônima, fez com que o Natal na família de catadores de recicláveis fosse mais especial. É o que garante Marcelo da Silva, tio da criança.
Segundo ele, o sobrinho, que vive sob os cuidados da avó desde o primeiro ano de vida, fez a publicação sem avisar ninguém.
“Ele e minha mãe moram sozinhos. Ele pediu nas redes sociais porque achou que as pessoas dariam mais atenção, mas não contou para ninguém. Minha mãe só soube depois que ele pediu”, conta.
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O presente especial, solicitado na véspera de Natal, no sábado (24), foi atendido por um doador anônimo no mesmo dia. Além do requisitado frango, uma cesta básica foi deixada para a família.
“A pessoa que mandou os presentes não se identificou, pediu para entregar a encomenda em uma moto”, relata Marcelo.
Em meio às dificuldades financeiras da família, o banquete alimentou a esperança e a união por dias melhores. Para a virada do ano, Marcelo diz que Nicolas decidiu guardar o que sobrou da ceia de Natal para poder novamente degustar no réveillon.
“Ele amou o frango. Não queria comer ovo no Natal. Guardou metade para o Ano Novo agora”, diz Marcelo.
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O objetivo para o próximo ano, segundo o tio, é que o menino possa reencontrar outros dois irmãos que estão internados em clínicas psiquiátricas, em Sumaré e Nova Odessa (SP).
“Há três anos que ele não vê os irmãos. Os três foram abandonados pela minha irmã. O Léo, de 20 anos, tem autismo, e a irmã Daniela, de 25 anos, esquizofrenia. O maior sonho dele nesse momento é reencontrá-los”, conta o tio.
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Fonte: G1