Afogamento que vitimou cinco pessoas da mesma família foi registrado na última véspera de Natal. Grupo aproveitava prainha do Rio Tietê, que fica entre Mineiros do Tietê e Dois Córregos (SP).
Completa um mês nesta terça-feira (24) que cinco pessoas da mesma família se afogaram em um trecho do Rio Tietê, na véspera de Natal, no dia 24 de dezembro do ano passado.
O delegado responsável pela investigação, Márcio Leandro Moreto, pediu a prorrogação do prazo para conclusão do inquérito policial. Segundo a autoridade policial, resta ouvir dois indivíduos e a chegada de um laudo. A investigação deve ser finalizada em, no máximo, 15 dias.
O afogamento aconteceu em uma prainha do Rio Tietê, que fica entre Mineiros do Tietê e Dois Córregos (SP). Duas mulheres, um homem e duas meninas estavam nadando, quando o fundo do rio cedeu, formando uma espécie de “poço”, de acordo com o único sobrevivente do acidente, Manoel Oliveira.
As vítimas foram Denise Aparecida Dias da Silva, de 51 anos, que era mãe de Cynthia Silva dos Santos, de 25 anos, e avó das meninas Emily Camile Dias da Silva e Nicolly Luize Dias da Silva, de 3 e 9 anos, respectivamente. Outra vítima do afogamento foi o companheiro de Cynthia e pai das meninas, Kervellin Wallace da Silva, de 29 anos.
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À época, o Corpo de bombeiros afirmou que uma das crianças se distanciou do grupo e entrou em uma parte mais funda do rio, quando começou a se afogar. Após tentarem salvá-la, os familiares foram puxados. Uma testemunha, que viu a cena, disse ter ficado traumatizada com o ocorrido.
Ao ser indagado sobre a tragédia, o presidente da associação de moradores do condomínio à margem do rio, onde fica a prainha, Armando Galante, disse que a família havia sido alertada um dia antes sobre o risco de nadar naquele trecho.
Para o morador local, Ademar Santana, os riscos poderiam ser evitados se houvesse uma sinalização de perigo. “A partir do momento que tem uma placa avisando: ‘não entre aqui que é perigoso’, sabe-se que é local de zona de perigo”.
Este também foi o posicionamento do sobrevivente. Manoel afirmou, na época, que moradores do condomínio comentaram sobre uma placa imersa na água, por conta das chuvas.
“Mas, se tivesse um aviso, teria de estar do lado de fora. Foi questão de segundos. Uma hora estava todo mundo junto, na outra não tinha chão para ninguém”, comentou sobre a sinalização inadequada.
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O presidente da Associação de Moradores do condomínio afirmou que a prainha é uma área de preservação ambiental, sob responsabilidade da AES Brasil. A empresa, por sua vez, emitiu uma nota, dizendo que opera em uma distância que não oferece riscos à população.
Ainda na época da tragédia, a Prefeitura de Dois Córregos lamentou o fato, se solidarizando com familiares das vítimas e afirmou que a são de responsabilidade da associação de proprietários.
Inicialmente, apenas quatro vítimas foram encontradas. Kervellin, o pai, foi identificado na manhã de Natal. O sepultamento e velório dos familiares aconteceram em Sumaré (SP), cidade natal da família.
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Fonte: G1