Um jovem de 25 anos foi preso em flagrante nesta quinta-feira (08/06) por lesão corporal dolosa e violência doméstica, no Jardim Ouro Verde, em Presidente Prudente (SP). Ele é suspeito de ter agredido a sua própria namorada, uma jovem, também de 25 anos, que precisou ser socorrida e levada a um hospital particular para receber atendimento médico.
De acordo com a Polícia Militar, o pai da vítima disse que ouviu um barulho no quarto da filha e, quando abriu a porta, avistou o namorado agarrando o pescoço dela, por meio de um golpe conhecido como “mata-leão”. Também constatou que havia sangue no chão e um corte no antebraço da vítima, que declarou que o ferimento tinha sido feito com uma lâmina, a qual não foi localizada.
Segundo a jovem, o namorado estaria tentando matá-la. A mãe socorreu a filha e a levou a um hospital privado, em Presidente Prudente, enquanto o pai trancou a porta com o rapaz dentro da casa. Ainda de acordo com o Boletim de Ocorrência, o namorado estava no corredor só de cueca e disse que é usuário de cocaína e que havia feito uso do medicamento Ritalina.
Quanto à lesão, ainda segundo o Boletim de Ocorrência, o suspeito disse que “Deus” o havia mandado tirar o sofrimento da namorada. Segundo os policiais, “ele aparentava estar meio desorientado, com fala desconexa”.
Na Delegacia Participativa, a Polícia Civil determinou que o preso permanecesse com algemas, uma vez que sua manutenção era determinante para a garantia da boa ordem dos trabalhos e para a eficácia dos serviços de escolta. A vítima não foi apresentada no plantão policial, pois se encontra em observação médica no hospital.
Segundo o documento policial, a conduta de aplicar um mata-leão e provocar um corte no braço em outra pessoa não é suficiente para indicar, por si só, a existência de animus necandi, que é a intenção de matar, necessária para estabelecer elementos suficientes para subsidiar a prisão do suspeito por tentativa de homicídio.
No entanto, a própria Polícia Civil observou que nada impede que, durante a instrução do processo, afigure-se outra realidade fático-probatória que remeta o caso a um julgamento no júri popular. “Por ora, contudo, essa solução não se justifica, pois não ficou clarividente que o autor tinha a intenção de ceifar a vida da vítima”, concluiu.
Interrogado, o homem disse que nunca foi preso, não faz uso de drogas e que não sabia informar o telefone dos pais. Ainda declarou que namora a vítima há uns sete meses. “Não sei dizer o que aconteceu; fiz uso de Ritalina e tomei uma taça de champagne, estou com um lapso de memória e não sei dizer o que aconteceu”, informou.
A Polícia Civil representou à Justiça pela prisão preventiva do homem, que aguarda a audiência de custódia.
Fonte:g1
