A solidariedade e o incentivo à doação de sangue foram temas de atividade realizada junto a alunos do ensino médio da escola técnica Mário Antônio Verza na quarta-feira da semana passada (14/06). A ação no auditório da Etec, desenvolvida pelo Projeto Biblioteca Ativa, marcou as comemorações do Dia Mundial do Doador de Sangue.
O evento contou com a palestra da farmacêutica e bioquímica Nivia Maria Ortiz Paludetto, profissional da área de saúde há 23 anos e especialista em hemoterapia. Ela lembrou que os Bancos de Sangue no Brasil têm déficit de coleta devido à baixa adesão das pessoas. Segundo a Organização Mundial da Saúde, informou, apenas 1,6% da população brasileira é doadora de sangue enquanto o ideal seria que o país tivesse o dobro de voluntários.

Nivia lembrou também que nos meses mais frios, como junho, julho e agosto, há uma baixa nas doações e, consequentemente, redução nos estoques. Segundo ela, para tentar reverter queda nas coletas no período das férias escolares foi criada a campanha Junho Vermelho que tem o objetivo de incentivar as pessoas a comparecer aos bancos de sangue e demonstrar esse gesto de amor com o próximo.
“Sangue é vida. Doar é um ato de amor, pois o sangue é insubstituível e não é produzido artificialmente. Os seres humanos são a única fonte de matéria-prima para uma transfusão e doar sangue é um ato de profundo humanismo e respeito ao próximo”, enfatizou a farmacêutica. Durante o evento, ela também esclareceu dúvidas apresentadas pelos alunos sobre o tema da palestra.
O principal questionamento feito a Nivia fez referência ao perfil dos doadores e dos pré-requisitos para fazer a doação de sangue. A farmacêutica esclareceu que todas as pessoas podem fazer a contribuição com os hemocentros, desde que tenham boa saúde e idade entre 16 e 69 anos. Segundo ela, os voluntários também devem ter um peso mínimo de 50 quilos e, no dia da doação, estarem descansadas e alimentadas.

A palestra encerrada com uma mensagem da médica Luciana Marade, ex-presidente da Fundação Centro de Hemoterapia e Hematologia do Pará (Hemopa), que enfatizou a responsabilidade social e destacou que os cidadãos devem ser agentes multiplicadores da prática da doação de sangue. “Quando isto acontecer, não faltará sangue para o atendimento da população e a sociedade terá realmente cumprido seu importante papel nesse processo”, finalizou a mensagem.