O microclima do Paranapanema

O desenvolvimento econômico e social necessário para atender a demanda do crescimento demográfico do Brasil, que desde a descoberta multiplicou a população de estimados 5 milhões de habitantes de povos nativos para os mais de 200 milhões atuais, exige a utilização dos recursos naturais em larga escala. A madeira retirada para a construção civil, de moradias a pontes, passando pela borracha, pelos minérios e agora pela agricultura extensiva, são causas da devastação do meio ambiente pelo aproveitamento desenfreado e sem planejamento das florestas, das águas e das terras.

O advento da indústria poluidora, assim como o uso indiscriminado de automóveis, aeronaves, eletrodomésticos e até mesmo das mais singelas embalagens descartáveis são causas da mudança climática que afeta o planeta e impõe novas formas de uso dos recursos naturais, com a proteção imediata do que já existe e recuperação do que já foi perdido. Assim como o clima global está sendo afetado com o aumento da temperatura dos oceanos, o derretimento de geleiras e a desertificação nos continentes, os microclimas dos mais variados biomas também sofrem as consequências das mudanças cada vez mais rápidas.

“…aumento da temperatura nas cidades e no meio rural são sentidos naturalmente…” 

A exploração pelo extrativismo de madeira e palmito, e depois a implantação da cultura do café, seguida dos grãos e da cana-de-açúcar no Vale do Paranapanema, são exemplos de mau uso do solo e dos recursos naturais, principalmente das águas. A riqueza inicial, representada pelas muitas nascentes e riachos protegidos pelas matas, deu lugar à expansão das áreas de cultura com aproveitamento integral que fez desaparecer as florestas e sua rica fauna, assim como as águas, assoreadas e poluídas pelos agentes químicos utilizados em larga escala e de forma indiscriminada para aumento da produção agrícola.

O aumento da temperatura nas cidades e no meio rural são sentidos naturalmente, sem a necessidade de estudos ou comparações, pois o desaparecimento das matas e a morte dos riachos fazem aumentar os ventos quentes que, consequentemente, são causadores de grandes volumes de chuvas em curto espaço de tempo. Para enfrentar as intempéries climáticas e a ausência de controle natural das pragas, antes feito pelos insetos que também estão desaparecendo, a agricultura utiliza mais insumos que oneram o custo da produção, criando o círculo vicioso do meio ambiente degradado e os produtos mais caros.

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Cláudio Pissolito

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