Três homens foram presos no início da tarde de quinta-feira pela Polícia Rodoviária Estadual durante a “Operação Impacto”. O flagrante ocorreu depois que uma equipe do Tático Ostensivo Rodoviário (TOR) abordou um veículo na Raposo Tavares, em Palmital, e constatou que o motorista seria “batedor” de dois comparsas que estavam com uma caminhonete carregada de maconha em um hotel de Ibirarema. A carga estava sendo transportada de Ponta Porã (MS), na divisa com o Paraguai, para a cidade paulista de Taubaté, no Vale do Paraíba.
De acordo com registros de ocorrência, policiais do TOR faziam fiscalização no quilômetro 426 da Raposo, nas proximidades da divisa entre Palmital e Cândido Mota, quando abordaram um GM Ônix prata, com placa de Taubaté, conduzido por um homem de 36 anos. O motorista informou que estava vindo de Ponta Porã, onde teria feito serviços de jardinagem em uma fazenda. A versão causou desconfiança nos policiais, que resolveram fazer uma avaliação mais rigorosa.
Uma consulta ao sistema de segurança pública indicou que o motorista tinha contra si um mandado de prisão. Quando um policial foi fazer vistoria no interior do carro, escutou por meio de rádio comunicador instalado no veículo um chamado no qual o interlocutor informou que estaria em frente a um hotel na cidade de Ibirarema e pedia que o homem fosse até o local. E a “solicitação” foi atendida pela equipe do TOR.
Sem qualquer determinação, um homem de 52 anos e um rapaz, de 20, imediatamente colocaram as mãos entrelaçadas sobre a cabeça, posição comum em abordagens policiais, ao perceberam a chagada da viatura em Ibirarema. Os dois alegaram que estavam aguardando o “batedor” do transporte de drogas e informaram a localização de uma Toyota Hilux, com placas do Rio de Janeiro, que estava carregada de maconha no estacionamento do hotel.
Os acusados e os veículos foram levados até a Delegacia da Polícia Civil de Palmital, onde os 1367 tabletes de maconha foram descarregados e pesados, totalizando 1.613,5 quilos. Os policiais constataram que a Hilux era produto de roubo. Seu motorista disse que não sabia da procedência ilegal, informando que havia sido contratado para o transporte juntamente com os comparsas. Os integrantes do grupo, autuados por tráfico, associação para o tráfico e receptação, receberiam entre R$ 2 mil e R$ 3 mil pelo serviço. O delegado Mateus Silva, que comandou os trabalhos, solicitou ao judiciário a imediata autorização para a destruição das drogas, bem como a liberação dos dados dos celulares dos traficantes para avançar com as investigações do caso. Houve ainda representação de que seja decretada a prisão preventiva do trio com objetivo de garantir a conclusão do inquérito e a execução do processo judicial.