A Justiça da Comarca de Palmital adiou o julgamento do coletor de lixo Everton Amaral da Silva, de 29 anos, que matou com diversas facadas a mulher, Pamela Gonçalves de Oliveira Geraldo, de 22 anos, em 13 de novembro do ano passado no Jardim Paulista, na região do bairro São José. A sessão do Tribunal do Júri prevista para começar às 9 horas desta quinta-feira (28/09) chegou a reunir os 25 jurados convocados, mas teve de ser remarcada para o dia 9 de outubro, no mesmo horário, devido à falta justificada do promotor que representaria o Ministério Público.
Os pais de Pamela, o trabalhador rural Ronaldo Geraldo e a dona-de-casa Anna Angélica Gonçalves de Oliveira, que residem em Paraguaçu Paulista, vieram a Palmital para acompanhar o julgamento. Juntamente com alguns familiares, eles estavam na porta do Fórum da Comarca e disseram ao JC que esperam justiça para o crime, informando que não concordavam com a ideia de que a filha se relacionasse com o acusado. Afirmaram também que retornarão à cidade para acompanhar o júri em daqui a pouco mais de uma semana.
CRIME – Pamela, que trabalhava como acompanhante hospitalar, cuidadora de idosos e babá, morreu depois de receber diversas facadas no quarto de residência do casal, localizada na rua Pernambuco. Everton teria trancado a casa depois do crime e, somente horas depois, comunicado seus familiares que praticou o crime contra a mulher. Os parentes informaram o fato à Polícia Militar, enquanto o coletor de lixo havia fugido.
Uma equipe da PM foi até a residência e encontrou o portão trancando, sendo necessário pular o muro para ter acesso a casa. Posteriormente, após abrir a porta do quarto que estava trancada, os policiais encontraram Pamela com a barriga para baixo e com diversos ferimentos nas costas causados por faca. Como não houve a localização imediata de Everton, policiais encaminharam seus familiares à Delegacia de Palmital.
Durante o registro da ocorrência, por homicídio duplamente qualificado, policiais fizeram diligências e mantiveram incessante negociação por telefone com o acusado, que concordou em se entregar na unidade policial para ser autuado. Um dia depois, ele teve a prisão preventiva decretada pela Justiça e permanece preso até o momento. Ele chegou a ser trazido a Palmital nesta quinta-feira (28/09), mas teve de retornar para o estabelecimento prisional para aguardar a nova data do julgamento.