A história de Israel remonta ao ano 1.200 A. C. e no ano zero da Era Cristã surgiram os primeiros conflitos entre judeus e o Império Romano, que se repetiram nos últimos dois milênios de história pela falta de aceitação dos Árabes à existência do Estado de Israel, criado a força a partir da segunda guerra mundial.
Neste longo período de guerras, invasões, anexações, perseguições e mortes, muitos esforços foram envidados no sentido de buscar a paz e a convivência entre os povos divididos pela religião, sem que tenha havido consenso mesmo com a mediação de grandes líderes das maiores nações de cada época.
Não obstante ao tempo absurdo de discordâncias que alimentam o provável mais antigo conflito da história da humanidade, grupos políticos e ideológicos brasileiros decidiram entrar na discussão e, como é comum aos apedeutas, simplificar ao extremo um caso complexo e insolúvel nos últimos dois mil anos.
Sem qualquer base histórica e muito menos conhecimento para analisar os acontecimentos nefastos que crescem junto com a tecnologia e os armamentos de guerra, fazem julgamentos, emitem opiniões e cravam soluções inexequíveis, frutos da imaginação alimentada pela ignorância.
“…os desacordos de opiniões, o preconceito e o ódio dominam as falas e até mesmo as atitudes…”
A polarização que divide a população brasileira em apoiadores de dois grupos políticos, liderados por dois personagens antagônicos na forma de pensar e semelhantes na forma de agir, mas que cooptaram corações e mentes das multidões apaixonadas, está sendo replicada nas análises e nos julgamentos da guerra entre Israel e o Hamas, grupo terrorista que domina o Estado Palestino.
Assim sendo, os desacordos de opiniões, o preconceito e o ódio dominam as falas e até mesmo as atitudes, transferindo para a sociedade uma discussão sem sentido e absolutamente descontextualizada da realidade complexa que a mantém.
Na mesma perspectiva de buscar entender o conflito histórico para apenas acusar o adversário de apoiar esta ou aquela causa, cada qual considerando uma melhor ou mais justa do que a outra, as pequenas comunidades também se dividem pela ideologia que sequer dominam, para discutir uma guerra que não conseguem entender.
E, assim, para a felicidade dos políticos que são esquecidos em seus desmandos, em seus atos de corrupção e de locupletação, o povo ganha mais um tema inútil para debater e usar como arma contra o inimigo caseiro, que também é vítima da nossa guerra de ignorâncias.
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