Beloni confirma shopping em Palmital, mas terreno não foi adquirido

Procurado pelo Jornal da Comarca, o presidente da Associação Comercial e Industrial (Acipa) João Beloni Claudio Vieira, confirmou a veracidade do anúncio, na tarde de quarta-feira (18/10), de viabilização um grande empreendimento comercial em Palmital, mas admitiu que o terreno ainda não foi adquirido. Segundo ele, por meio da empresa Bellone, foi lançado o projeto do Palmital Plaza Shopping, que deverá ser construído na entrada principal da cidade, às margens da rodovia Nelson Leopoldino, na confluência com a estrada em terra que dá acesso à Ibirarema.

De acordo com João Vieira, a aquisição do terreno, que ainda está pendente de processo de inventário, possibilitou a gravação do vídeo de apresentação do projeto que ganhou grande repercussão em redes sociais. O presidente da Acipa disse que o “Palmital Plaza Shopping” deverá receber investimentos de R$ 36 milhões para a construção de instalações com aproximadamente 10 mil metros quadrados.

O centro comercial terá 69 lojas, além de praça de alimentação, cinema, posto de combustíveis e churrascaria, que ocuparão espaço de 6 mil metros quadrados. Outros 4 mil metros quadrados devem ser ocupados por um supermercado”, afirmou João Vieira, que fez o anúncio público acompanhado de Djalma Tusco, apresentado como sócio de sua empresa.

A informação adicional é que o projeto deverá incluir dois condomínios residenciais anexos, com 141 unidades habitacionais (65 sobrados e 76 casas). A Bellone também estaria viabilizando outra área na cidade para a instalação de um terceiro loteamento.  O lançamento da pedra fundamental do primeiro empreendimento comercial e residencial anunciado por João Vieira está marcado para a manhã de 28 de outubro, com a presença de autoridades e convidados.

João Vieira garantiu que as obras devem gerar inicialmente 220 empregos diretos, com previsão de que o posto de combustíveis comece a atender depois de seis meses de iniciado o empreendimento.  Segundo ele, tudo será concluído em 30 meses e devem ser criados aproximadamente 1.200 postos de trabalho com o funcionamento do shopping e do supermercado.

O presidente da Acipa explicou que o local do projeto foi escolhido por estar em um ponto de fácil acesso à margem de importante corredor de transporte para Palmital e região. De acordo com João vieira, o objetivo é contribuir para o desenvolvimento do município e possibilitar a geração de um grande número de empregos, ampliando a importância da cidade no contexto regional.

João Vieira disse que espaços do futuro shopping já estão reservados, bem como para o supermercado, a churrascaria e o posto, e que a comercialização das unidades habitacionais deve ser anunciada no futuro. O presidente da Acipa enfatizou que o projeto deverá priorizar, além da contratação da mão-de-obra, a aquisição de materiais no comércio local. Ele disse que já recebeu incentivo de entidades, de autoridades e de representantes do governo.

Sobre os questionamentos quanto à viabilidade do empreendimento em Palmital, que não teria sequer população suficiente para a demanda exigida, o presidente da Acipa garantiu que foram feitas pesquisas prévias e que a cidade comporta investimentos do gênero. Segundo ele, 80% da população palmitalense costuma ir a outras cidades para fazer compras, gerando evasão de recursos do município. Com a instalação do Shopping, justificou João Vieira, deve haver retenção de clientes e até a atração de novos consumidores para o comércio local.

Terreno não foi adquirido e projeto não apresentado

Depois de questionamentos de leitores do JC Online, que publicou a primeira matéria sobre o assunto, baseado exclusivamente em depoimentos de João Vieira, o presidente da Acipa admitiu que ainda não foi viabilizada a aquisição do terreno para o empreendimento, cuja efetivação estaria pendente de processo de inventário, e que o projeto das obras, assim como as licenças junto aos órgãos competentes, como Prefeitura, DER e Meio Ambiente, serão solicitadas pela construtora, cujo nome também não foi divulgado.

Vieira também não informou o valor da negociação da área e admitiu que as fotos feitas no cartório se referem ao contrato de compra e venda que estaria registrado e com firmas reconhecidas, em nome de sua empresa. Em pesquisa junto aos órgãos oficiais, o JC confirmou o nome da empresa, ativa, como Beloni & Tusco Ltda, enquadrada como Microempresa optante pelo Simples Nacional, com capital registrado de R$ 40 mil, cujos sócios são João Beloni Claudio Vieira e Djalma Tusco, com endereço à Rua Rui Barbosa, nº 36. O ramo de atividade é “serviços combinados de escritório e apoio administrativo” e “promoção de vendas”.

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