Energia no atraso

Mesmo em tempos de enorme evolução tecnológica que disponibiliza a inteligência artificial para solucionar questões simples do cotidiano, ainda sofremos com a deficiência crônica dos apagões de energia elétrica que, por sua vez, causam interrupção no fornecimento de internet, um serviço muito mais recente e muito mais eficiente do que o de distribuição da eletricidade.

Essencial e de base para o desenvolvimento econômico e social, a energia elétrica sofre as consequências nefastas do estatismo governamental ou do monopólio privado, que no século 21 utilizam a mesma tecnologia do século 19.

A nossa rede de distribuição de energia elétrica, que até os anos de 1980 fazia uso de postes de madeira, muitos deles tortos ou mal fincados no solo, e que ainda servem de apoio a redes de cabos em localidades mais remotas, continua deficiente devido à ausência de investimentos em sua infraestrutura.

Cabos antigos e frágeis, sem blindagem e sequer equipamentos separadores que possam evitar o contato entre eles, assim como os transformadores e as chaves fabricados há mais de 40 anos, ilustram a péssima condição do sistema que é essencial até mesmo para a saúde e a sobrevivência das pessoas.

“…faltam investimentos na rede de distribuição, que necessita de material mais moderno e seguro…”

Enquanto as redes de internet navegam por sistemas de satélite, pelos sinais de rádio e pelos modernos cabos de fibra óptica, a energia elétrica tem seu caminho restrito às redes convencionais, criadas junto com o surgimento da própria energia, em fios de cobre, alguns deles recobertos com material isolante de baixa qualidade.

Assim como faltam investimentos na rede de distribuição, que necessita de material mais moderno e seguro, falta também a manutenção do sistema com a substituição de postes e a retirada de cabos em desuso, assim como as redes blindadas que evitam curtos-circuitos causados por pássaros, árvores ou humanos.

Além de não atender a população de maneira eficiente e segura, é preciso lembrar do elevado custo do serviço ao cidadão e dos entraves que as distribuidoras, monopolizadoras das redes sem qualquer concorrência, causam ao evitar a modernização do sistema.

Entre os absurdos cometidos estão a criação de taxas adicionais para receber e distribuir a energia solar produzida pelos particulares, com o chamado “imposto do sol”, que se soma às taxas existentes, assim como o uso gratuito dos espaços urbanos para comercializar o produto essencial oferecido por uma única empresa.

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Cláudio Pissolito

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