A falsa partida

A partida do amor é como um barco

Segue aos poucos, em lágrimas de tristeza

Na despedida vem a dor como grande fardo

Como nau soprada em ventos sem sutileza

A lei do início, meio e fim se faz presente

Quando as amarras se soltam para novo começo

Enquanto vida e barco já longe se fazem ausentes

Lá distante nova aurora surge em recomeço

Essa partida, a farsa disfarçada de separação

Engana sentidos e sentimentos mais doloridos

Sem saber é que tudo parte desde a concepção

Rumo a novo porto desconhecido de nossa razão

O fim é quimérico e a despedida em vão

Para o amor não há distância ou separação

Que os vínculos de vida, de sangue e afeição

Fazem que o destino cumpra sua sina de obrigação

O desenlace é irreal, a mais mera ilusão

O vínculo é eterno, mantém a conexão

O que finda no corpo, faz morada no coração

Se o amor é eterno, a morte é utopia, apenas ficção

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Cláudio Pissolito

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