“…as mudanças estão acontecendo à medida que a sociedade evolui…”
A ascensão das mulheres na sociedade atual, seja ocupando a maior parte das vagas das universidades, justamente elas que até os anos de 1950 eram praticamente proibidas de estudar, ou cargos de comando nos executivos municipais, estaduais e até no federal, assim como nos legislativos, mostra que o preconceito está diminuindo e os valores estão mais reconhecidos.
Com muita sensibilidade, humanismo e observação detalhista, a mulher se torna uma profissional mais concentrada no trabalho e justa nas decisões, garantindo um equilíbrio importante nas empresas e nas instituições púbicas e privadas.
Na busca pela igualdade de direitos, às vezes se comete alguns erros como a obrigatoriedade de cota mínima de candidatas nos partidos para disputa de eleições, que faz com que sejam inscritas mulheres desinteressadas da atividade política, mas que entram apenas para cumprir a legislação.
Entretanto, as que de fato desejam assumir cargos de executivo ou legislativo, invariavelmente são mais comprometidas e trabalham com valores e conceitos voltados ao interesse social e sem a conhecida vaidade e prepotência de homens que transformam cargos eletivos em profissão.
Na área política, Palmital é uma cidade privilegiada, pois foi uma das primeiras do Brasil a eleger uma mulher presidente da Câmara Municipal, a professora Olinda Guglielmetti, nos anos de 1970, a primeira do Vale Paranapanema a ter uma prefeita, Marilena Tronco, em 1992, e depois repetir o feito com Ismênia Mendes Moraes, em 2012.
São várias as juízas de direito e promotoras de justiça como titulares em nosso Fórum, com duas juízas, Renata Coelho Okida e Erna Tecla Maria Harkvoort e a promotora Cristiane Patrícia Cabrini atuando simultaneamente, justamente no período de mandato da prefeita Marilena.
Nessa escalada longa e demorada, iniciada no Brasil em 1932, quando as mulheres adquiriram o direito ao voto, as mudanças estão acontecendo à medida que a sociedade evolui e alcança mais entendimento da importância da igualdade de direitos e de valorização do trabalho de todos.
Que este 8 de março, em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, seja de reflexão, de aceitação e de mais um passo rumo à igualdade de direitos, de valores e de liberdade, mas sem se igualar aos homens que prevaricam, corrompem, são corrompidos, matam e roubam, para assim validar a luta de várias gerações de mulheres em mais de 120 anos.