Com o encerramento dos contratos de concessão das rodovias do Paraná, a partir desse sábado (28), o estado não terá mais cobrança de tarifas em suas estradas.
Atualmente, são 2.505,2 quilômetros de rodovias federais e estaduais que compõem o Anel de Integração e são administradas pelas concessionárias Econorte, Viapar e Ecocataratas.
Os contratos foram firmados em 1997, durante a gestão do então governador Jaime Lerner. Entretanto, ao longo do tempo, as três concessionárias se envolveram em diversos casos de corrupção.
Diante disso, o Governo do Paraná decidiu adiar os novos leilões de concessões e administrar, por pelo menos um ano, o Anel de Integração.
O governo estadual afirma que está preparado para manter essas rodovias por até dois anos, caso seja necessário. Em setembro, o DER (Departamento de Estradas e Rodagem) do estado lançou um edital para contratar serviços de conservação do “anel de integração”. A licitação prevê gastos de até R$ 135 milhões com serviços durante até 730 dias.
Na última quinta-feira (18), o DER também lançou o edital de licitação para contratar uma empresa que irá fazer os serviços de guinchos pelo período de um ano. Por enquanto, o Corpo de Bombeiros e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), prestarão socorro médico aos usuários das rodovias.
1 ano sem pedágio

A expectativa é que o novo leilão da concessão das rodovias ocorram apenas no último trimestre de 2022, quando serão leiloados 3,3 mil km de estradas federais e estaduais, divididas em seis lotes.
O modelo do leilão foi definido numa parceria entre governo federal e estadual e visa reduzir as tarifas do pedágio entre 40% e 50%. Por isso, vencerá a concorrência a empresa que se comprometer a administrar cada lote de estradas cobrando o menor valor dos usuários.
As empresas vencedoras terão que investir R$ 43 bilhões em melhorias em dez anos. Esse valor cobrirá, entre outras coisas, a duplicação de 1,7 mil quilômetros de estradas.
Fora o investimento, outros R$ 35 bilhões deverão ser gastos pelas concessionárias para manutenção e operação das rodovias durante os 30 anos de contrato.
FONTE: JORNAL DO CAMINHONEIRO