A política do futuro

A chegada do período eleitoral relativo às eleições municipais, as mais tradicionais e, provavelmente, as mais acirradas da conturbada história da democracia brasileira, traz também o histórico das rivalidades locais causadas pelas disputas entre pessoas próximas que se digladiam em grupos mantidos ao longo dos tempos.

Substituindo o coronelismo da primeira metade do século passado e as oligarquias sociais e econômicas da segunda metade dos anos de 1900, as eleições municipais do século 21 são disputadas por grupos formados a partir de lideranças personalistas e carismáticas que dominam ou dominaram a política das cidades.

Depois de um longo tempo de rivalidade entre os grupos de Manoel Leão Rego, os Manelistas, e de Albino Rainho, os Albinistas, adversários históricos em três décadas de seguidas eleições muito disputadas, Palmital experimenta um novo tempo de menos rivalidade e paixão e mais pragmatismo na escolha daquele que vai dirigir os destinos do município.

Com novas alternativas ao eleitores, incluindo jovens promissores, como o atual prefeito, os antigos grupos desaparecem e são substituídos pela expectativa de novas possibilidades e de avaliação de resultados.

“…o carisma, a retórica e o populismo não mais influenciam a escolha dos eleitores…”

Em vez de se ater a um grupo dominante ou ao grupo adversário, os eleitores estão observando muito mais as condições individuais do candidato e a capacidade de administração e de comando de cada um, o que garante gestões mais eficientes e voltadas ao interesse coletivo.

A mudança de comportamento do eleitorado comprova a maturidade que a experiência democrática continuada proporciona às pessoas que, com as exceções de sempre, estão mais preocupadas com os resultados do que com a vaidade de eleger um amigo que lhe parece mais familiar ou próximo, preferindo a competência em vez da amizade.

Diante da constatação de que o carisma, a retórica e o populismo não mais influenciam a escolha dos eleitores, é preciso que as novas gerações de políticos se atenham às mudanças que acontecem de forma rápida no mundo moderno e globalizado, onde a tecnologia prevalece como principal ferramenta do desenvolvimento social e econômico.

Na política atual e do futuro é preciso preparo, conhecimento e domínio dos sistemas que substituem as antigas e burocráticas técnicas administrativas, para que seja possível acompanhar a rapidez do desenvolvimento da tecnologia aplicada em todos os setores da administração pública.

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Cláudio Pissolito

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