A política do ódio

Considerada nobre arte de governar os povos, ou ciência do governo dos povos, direção de um Estado e determinação das formas de sua organização, mecanismo de orientação administrativa de Estados, conjunto dos negócios de Estado, modo cortês e civil de agir, cortesia, civilidade, boa capacidade de se relacionar, de oferecer direcionamentos ou de exercer influência, entre outros adjetivos, a política também apresenta muitas defecções.

A mais grave delas, cada vez mais presente, é a transformação da disputa política em guerra e dos adversários em inimigos, como se constata atualmente.  

Os ataques violentos e continuados contra os regimes democráticos, aqueles que de fato fazem prevalecer a vontade popular através do voto e da alternância de grupos políticos e ideológicos no poder, são as causas da degradação da atividade transformada em motivo de batalhas permanentes.

A ascensão em diversos países de líderes autoritários, de baixa tolerância para com as adversidades comuns à vida em sociedade e com filosofias belicistas, que consideram a força como primeiro argumento de convencimento e domínio, são causas do estremecimento radicalizado entre vários países em conflitos.

“…movimento de retrocesso político e institucional, de substituir o diálogo e a parceria pela imposição…”

Esse movimento de retrocesso político e institucional, de substituir o diálogo e a parceria pela imposição do poder econômico ou bélico, transforma o planeta em palco de risco para a própria humanidade e desvia o foco dos necessários e urgentes investimentos em sustentabilidade para o afrontamento e à volta do armamentismo.

Figuras caricatas, egocêntricas e imprevisíveis, como os líderes da Coreia do Norte, da Bielorrússia, da Rússia e da Hungria, entre outros de menor potencial destrutivo, travam batalhas permanentes contra as democracias liberais, agora sob os auspícios do presidente dos Estados Unidos.

Os arremedos de lideranças, que falam em nome da falsa liberdade, estão ganhando adeptos descontentes com os rumos das democracias que buscam a igualdade e a fraternidade entre os povos, ao atender aos instintos mais primitivos de locupletação, individualismo, preconceito, discriminação e a raiva que se manifestam das mais variadas formas.

Normalizando as diferenças, inflando a intolerância e a hostilidade, influenciando o repúdio, a aversão e a rejeição aos considerados diferentes, o mundo está alimentando as ditadura do ódio que, em outras duas ocasiões, resultaram em guerras mundiais.

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Cláudio Pissolito

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