A política sem legado

“…alguns dos que perderam os cargos não deixam qualquer legado ou exemplo…”

Na entrevista-debate levada ao ar na noite de segunda-feira pela TV Cultura, de São Paulo, que reuniu os candidatos a prefeito Bruno Covas e Guilherme Boulos, adversários no segundo turno das eleições da maior capital brasileira, o prefeito Covas foi enfático ao afirmar ser contrário e ter votado contra o instituto da reeleição.

Disputando a sequência do seu mandato “de acordo com as regras do jogo”, como afirmou, ele não titubeou em apresentar a opinião de forma clara e objetiva, o que não é comum entre políticos que sempre buscam contornos e subterfúgios para temas polêmicos.

Covas tem muita razão ao afirmar que a reeleição aumentou o tempo dos mandatos dos executivos de quatro para oito anos, pois a maioria, com raras exceções, assume os cargos já em campanha para a eleição seguinte.

Fenômeno semelhante acontece com os legislativos, para os quais não existe qualquer limite para o número de mandatos, o que transforma a atividade política, considerada a mais nobre exercida pelo homem, em mera carreira profissional muito bem remunerada e com baixa exigência de capacitação e desempenho.

Ainda que as urnas em Palmital, pela primeira vez na história centenária do Município, tenham contrariado essa lógica recorrente ao não garantir o segundo mandato para o atual prefeito e substituir 10 dos 11 vereadores com assento na Câmara Municipal, a profissão-político permanece como uma das mais almejada e disputada.

Entretanto, para corroborar o acerto e a importância da mudança, ou da alternância no poder, como é previsto na democracia que tem como instrumento as eleições a cada período, basta constatar que alguns dos que perderam os cargos não deixam qualquer legado ou exemplo que possa ou deva ser seguido pelos novatos.

Muitos políticos que se perpetuam nos cargos, ou buscam ascensão econômica e social por meio da projeção que cada eleição lhe garante, não entregam à população aquilo que prometem nas campanhas.

Ao contrário, usando recursos dos próprios subsídios, sempre elevados, conseguem se manter por longo tempo, mesmo que não ofereçam a contrapartida em boas práticas, em resultados, em mudanças e muito menos em melhoria da qualidade de vida das pessoas e das cidades que lhes mantêm.

Alguns que deixam os cargos não deixam bons exemplos, não servem de parâmetro e serão lembrados mais pelos erros ou pelas polêmicas que protagonizaram do que pelos resultados que entregaram.

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